Washington aprova manutenção dos sistemas Patriot entregues a Kyiv
- 19/11/2025
Entre os serviços de manutenção a estes sistemas cruciais para a defesa do espaço aéreo ucraniano contra mísseis russos estão peças de substituição e a modernização de lançadores, revelou a administração liderada pelo republicano Donald Trump em comunicado.
A venda foi aprovada pelo Departamento de Estado e notificada ao Congresso dos EUA, conforme exigido pela legislação norte-americana.
Durante uma visita aos Estados Unidos, em outubro, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, indicou que se tinha reunido com representantes da indústria de defesa norte-americana, incluindo a Raytheon, fabricante dos sistemas de defesa aérea Patriot.
Poucos dias após a sua visita, afirmou que o seu país precisava de 25 sistemas de defesa aérea Patriot norte-americanos adicionais para o ajudar a neutralizar os ataques russos.
Desde que regressou ao poder, em janeiro, o presidente Donald Trump, que se posicionou como mediador no conflito, tem sido bastante crítico em relação à ajuda militar e financeira norte-americana à Ucrânia.
Esta ajuda totalizou 67 mil milhões de dólares (57,8 mil milhões de euros) desde a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Em vez da ajuda norte-americana direta, garantiu a aprovação de um programa liderado pela NATO que permite aos países europeus financiar a transferência de armas americanas para a Ucrânia.
O Presidente ucraniano tem uma viagem marcada para a Turquia esta quarta-feira para tentar 'reenquadrar' os Estados Unidos nas negociações de paz com a Rússia, atualmente paralisadas, enquanto Moscovo retoma os seus ataques às infraestruturas energéticas ucranianas com o aproximar do inverno.
Também hoje, a Ucrânia revelou que utilizou com sucesso mísseis ATACMS de longo alcance dos EUA contra alvos militares em território russo, após meses de um aparente veto do Departamento de Defesa norte-americano.
Em setembro, o Wall Street Journal noticiou que Trump tinha dito ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, à margem da Assembleia Geral da ONU, que estava preparado para levantar as restrições à utilização de mísseis de longo alcance para atacar a Rússia.
No entanto, ainda não autorizou a entrega de mísseis Tomahawk de longo alcance à Ucrânia, que Zelensky tem vindo a solicitar insistentemente nos últimos meses, quer a Washington, quer aos países europeus aliados.
A Rússia invadiu massivamente a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, numa guerra que começou em 2014 com a invasão e anexação da península ucraniana da Crimeia pelos russos.
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