Venezuela: Presidente chileno diz apoiar o que "ponha fim a ditadura"

  • 17/12/2025

"Não nos cabe a nós solucioná-lo, mas quem o fizer contará com o nosso apoio", declarou Kast numa conferência de imprensa em Buenos Aires, onde se encontra na sua primeira visita oficial, em resposta a uma pergunta sobre uma eventual intervenção de um Estado estrangeiro, como os Estados Unidos, na Venezuela.

 

"Apoio qualquer situação que ponha fim a uma ditadura, a uma narcoditadura. Nós claramente não podemos intervir nisso, porque somos um país pequeno, mas somos vítimas do terror que implica viver sob uma ditadura", acrescentou o Presidente eleito chileno, referindo-se à imigração venezuelana maciça para o Chile.

Além disso, acrescentou que uma intervenção norte-americana na Venezuela solucionaria "um problema gigantesco a toda a América Latina, a toda a América do Sul e inclusive a países da Europa".

Desde agosto que os Estados Unidos mantêm uma presença militar significativa no mar das Caraíbas, oficialmente para combater o tráfico de droga com destino aos Estados Unidos, embora Caracas acredite que se trata de uma operação para depor Nicolás Maduro e se apoderarem das vastas reservas de petróleo da Venezuela.

José Antonio Kast instou igualmente "todas as organizações internacionais e todos os países que dizem respeitar as políticas internas de cada país a cumprir esse princípio".

"As normas internas da Venezuela são claras: houve uma eleição democrática, e alguém a roubou, e esse alguém é o senhor [Nicolás] Maduro. Ele não tem legitimidade democrática para servir como pseudo-presidente daquela nação. Isto requer um acordo internacional, que é evidente. Roubaram uma eleição. O que dizem as organizações internacionais?", acrescentou.

Kast acusou ainda Maduro de negar a entrada a migrantes venezuelanos que queiram regressar ao país, afirmando que o Presidente prefere que permaneçam no estrangeiro e continuem a enviar remessas de divisas, e advertiu: "As remessas dos migrantes ilegais, deixará de as receber".

Esta declaração surge na sequência do anúncio do Presidente eleito do Chile de que manteve conversações com outros chefes de Estado da região com a intenção de criar um "corredor humanitário" para repatriar os migrantes ilegais para os seus países de origem.

Kast também defendeu, durante a sua campanha, medidas como a construção de muros e valas ao longo das fronteiras do país, o recurso à violência contra o tráfico de droga, cortes drásticos na despesa pública e a expulsão em massa de imigrantes ilegais.

Segundo a ONU, sete milhões de venezuelanos, numa população de 30 milhões, abandonaram o seu país, mergulhado numa crise política e económica sem fim à vista.

Leia Também: Maduro pede a presidente eleito do Chile que "respeite os venezuelanos"

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2905509/venezuela-presidente-chileno-diz-apoiar-o-que-ponha-fim-a-ditadura#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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