Venezuela pede à ONU esforços para defender paz perante "ameaças" dos EUA
- 09/11/2025
Os Estados Unidos enviaram militares para a região alegando que o destacamento se destina a combater o narcotráfico.
Numa publicação na rede social Telegram, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Yván Gil, agradeceu a posição da organização internacional de rejeitar os ataques dos Estados Unidos a embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico nas águas do Caribe e do Pacífico.
No entanto, acrescentou, "a ameaça e as agressões contra uma região declarada como zona de paz continuam".
"Por isso, mantemos o apelo a todo o sistema das Nações Unidas e organismos multilaterais para que utilizem os seus mecanismos para defender a paz e a soberania de todas as nações, missão que lhes foi conferida pelos povos do mundo", afirmou.
No passado dia 31 de outubro a ONU acusou o Governo dos Estados Unidos de "violar o direito internacional" com esses ataques e afirmou que as pessoas a bordo dos barcos foram vítimas de "execuções extrajudiciais".
O alto comissário da ONU para os direitos humanos, Volker Türk, afirmou então que esses "ataques, e seu crescente custo humano, são inaceitáveis" e, por isso, devem cessar "independentemente dos supostos crimes que lhes são imputados".
O governo venezuelano de Nicolás Maduro denunciou que essa presença militar no Caribe é um plano para promover uma "mudança de regime" e impor uma autoridade 'fantoche' com a qual os Estados Unidos possam "apoderar-se" dos recursos naturais venezuelanos, principalmente o petróleo.
Nos últimos dois meses, o Departamento de Guerra dos Estados Unidos informou sobre ataques contra 20 embarcações no Caribe supostamente carregadas com drogas, nos quais morreram pelo menos 66 pessoas, que foram associadas a organizações criminosas.
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