Venezuela envia 46 toneladas de ajuda humanitária para Cuba e Jamaica
- 30/10/2025
Em declarações à televisão estatal Venezolana de Televisión (VTV), o ministro dos Negócios Estrangeiros, Yván Gil, afirmou que 26 toneladas serão enviadas para Cuba e cerca de 20 toneladas para a Jamaica, em voos operados pela companhia aérea estatal Conviasa.
Além disso, o ministro disse que um navio com 3.000 toneladas de ajuda será enviado a Cuba "nos próximos dias".
O chefe da diplomacia venezuelana explicou que será enviado material médico, alimentos e infraestruturas, sem dar mais pormenores.
"A passagem do furacão obriga-nos a ir para a frente com uma ajuda especial à República de Cuba, à Jamaica e a outros povos", acrescentou.
Por sua vez, o embaixador cubano na Venezuela, Jorge Luis Mayo, agradeceu ao Governo do Presidente Nicolás Maduro pelo envio da ajuda e sublinhou que a solidariedade do chavismo (corrente política de Maduro inspirada pelas ideias do ex-presidente Hugo Chávez) é permanente na ilha caribenha.
"Não há a menor dúvida de todo o apoio solidário que o povo bolivariano tem dado ao povo cubano, este é um reforço, um batalhão de reforço", disse.
Também hoje os Estados Unidos anunciaram o envio de ajuda humanitária para Cuba.
Na quarta-feira, ao divulgar informações sobre o envio de equipas de socorro, o chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, deixou Cuba de fora, ao garantir que os Estados Unidos estavam "em estreito contacto com os Governos da Jamaica, do Haiti, da República Dominicana e das Bahamas", os outros países atingidos pelo ciclone.
O secretário de Estado norte-americano fez o anúncio, mas não adiantou pormenores sobre como será coordenada essa ajuda com o Governo de Havana.
Rubio, filho de imigrantes cubanos, tem uma posição fortemente crítica em relação ao castrismo (termo para designar a ideologia e políticas do líder histórico cubano Fidel Castro) e defende a manutenção da pressão sobre Cuba - com o embargo económico - para obrigar a uma transição do país caribenho para a democracia e ao seu afastamento de aliados hostis a Washington.
O furacão Melissa, que passou de categoria 5 para categoria 2, avança em direção às Bermudas, onde se espera que a situação se agrave hoje à noite, depois de deixar um rasto de destruição e vítimas mortais no Haiti, na Jamaica e em Cuba, informou o Centro Nacional de Furacões.
Em Cuba, deixou milhões de pessoas sem energia elétrica e comunicações, municípios inundados e isolados, habitações derrubadas, culturas destruídas e extensos danos materiais.
No total, o furacão fez, até agora, pelo menos 32 mortos: 23 no Haiti, quatro na Jamaica, quatro no Panamá e um na República Dominicana.
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