Unificação com a China? "Democracia e autoritarismo são incompatíveis"
- 26/10/2025
O Conselho dos Assuntos Continentais (MAC) de Taiwan, responsável pelas relações com a China, reagiu assim no sábado a um evento organizado no mesmo dia, na capital chinesa, para celebrar o "Dia da Retrocessão de Taiwan", nome dado por Pequim à devolução da ilha após a rendição japonesa em 1945.
Dirigindo-se a cerca de 500 participantes, incluindo taiwaneses, Wang Huning, membro do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista Chinês (PCC), no poder, pediu às pessoas dos dois lados do Estreito para trabalharem em conjunto para avançarem no sentido da "reunificação nacional" para "não deixarem espaço para atividades separatistas".
Em comunicado, o MAC sublinhou que o "problema essencial" das relações entre os dois lados do Estreito "reside na diferença de sistemas", uma vez que "a democracia e o autoritarismo são incompatíveis".
"A experiência de Hong Kong demonstrou que o sistema 'um país, dois sistemas' equivale, em última instância, ao domínio autoritário do PCC. Por isso, o suposto 'futuro próspero após a unificação' não é atrativo para a população taiwanesa", afirmou o MAC.
De acordo com Taipé, o princípio "uma só China", o "Consenso de 1992" - segundo o qual ambas as partes reconheceram a existência de uma única China, embora com interpretações diferentes - e a política "um país, dois sistemas" têm como objetivo "eliminar a República da China [nome oficial da ilha] e anexar Taiwan".
A comemoração do "Dia da Retrocessão de Taiwan" teve lugar num contexto de persistentes tensões políticas e militares entre a China e Taiwan, alimentadas este ano por diferentes narrativas históricas sobre o fim da Segunda Guerra Mundial e pelo aumento da pressão diplomática e militar de Pequim sobre a ilha.
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