UE lamenta condenação de ex-magnata pró-democracia de Hong Kong
- 15/12/2025
"A UE lamenta a condenação por motivos de segurança nacional do cidadão britânico e empresário da comunicação social Jimmy Lai (...). Esta acusação tem motivação política e é emblemática da erosão da democracia e das liberdades fundamentais em Hong Kong desde a imposição da Lei de Segurança Nacional em 2020", afirmou a porta-voz principal da União para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Anitta Hipper, citada num comunicado.
"A UE reitera o seu apelo à libertação imediata e incondicional de Jimmy Lai", acrescentou.
Apontando que "a existência de meios de comunicação social livres e independentes é fundamental para a resiliência das sociedades e para garantir a responsabilização dos governos", a diplomacia comunitária lamenta que este caso possa "minar ainda mais a confiança no sistema jurídico de Hong Kong, uma pedra angular da atratividade da região administrativa especial".
A justiça de Hong Kong considerou hoje Jimmy Lai Chee-ying, o antigo magnata da comunicação social pró-democracia, culpado de violar a lei de segurança nacional da região chinesa.
Jimmy Lai foi considerado culpado de conluio com entidades estrangeiras ao abrigo da lei de segurança nacional imposta por Pequim em 2020 e revista em 2024, em resposta aos protestos antigovernamentais, por vezes violentos, de 2019.
O fundador do jornal pró-democracia Apple Daily, atualmente banido, foi ainda condenado por "publicações sediciosas" relativas a 161 artigos, incluindo editoriais assinados com o seu nome.
O Tribunal Superior de Hong Kong marcou para 12 de janeiro uma audiência, com a duração máxima de quatro dias, na qual a defesa de Jimmy Lai Chee-ying, de 78 anos, poderá apresentar eventuais atenuantes, antes de a sentença ser conhecida.
Os três crimes de que o cidadão britânico foi considerado culpado podem acarretar a pena de prisão perpétua.
Durante o julgamento, que começou em dezembro de 2023, Jimmy Lai Chee-ying declarou-se inocente e afirmou nunca ter defendido o separatismo ou a resistência violenta. Também negou ter apelado a sanções ocidentais contra a China e Hong Kong.
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