UE acompanha situação em Gaza e pede que Israel respeite cessar-fogo
- 29/10/2025
"A UE está a acompanhar de perto os acontecimentos que tiveram lugar ontem [terça-feira] em Gaza. Reiteramos o nosso apelo a todas as partes para que continuem a respeitar o cessar-fogo e exortamos urgentemente todas as partes a comprometerem-se plenamente a implementar todas as fases do plano destinado a pôr termo a este conflito em Gaza", disse o porta-voz da Comissão Europeia para a Política Externa e de Segurança, Anouar El Anouni.
Questionado sobre a situação na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas, o responsável exortou Israel e o grupo islamita Hamas a "cessarem todas as ações que possam comprometer a viabilidade do cessar-fogo ou conduzir ao reinício dos ataques em Gaza".
"Reiteramos que não existe uma solução militar para este problema. É tempo de pôr fim ao ciclo de morte e destruição", adiantou.
Em outubro de 2025, Israel e Hamas aceitaram um cessar-fogo mediado por Egito, Qatar e Estados Unidos, prevendo uma pausa na ofensiva, libertação dos reféns e prisioneiros e aumento da ajuda humanitária a Gaza.
No entanto, o acordo mostrou-se frágil, com relatos de novos bombardeamentos e dezenas de mortos logo após a entrada em vigor.
Os recentes bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza, retaliando contra a morte de um soldado considerada uma violação do cessar-fogo, causaram 100 mortos, de acordo com a Proteção Civil palestiniana.
A nova onda de ataques, de norte a sul na Faixa de Gaza, começou na tarde de terça-feira, por ordem do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, depois de ter acusar o Hamas de violar as tréguas, em vigor há mais de duas semanas.
Netanyahu ordenou ao exército que realizasse "ataques contundentes na Faixa de Gaza" após uma reunião do Gabinete de Segurança, referiu um comunicado do executivo de Israel.
Desde o início da guerra em Gaza, em 07 de outubro de 2023, mais de 60 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde local, cujos dados são considerados credíveis pela ONU.
A ofensiva israelita, na sequência do ataque do Hamas que matou cerca de 1.200 israelitas, provocou ainda destruição generalizada, colapso dos serviços básicos e uma grave crise humanitária.
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