Ucrânia reivindica reconquista de localidades e Zelensky felicita soldados
- 12/12/2025
Numa mensagem na rede social Telegram, a brigada ucraniana Khartia adiantou ter recuperado um nó ferroviário crucial na região de Kharkiv (nordeste da Ucrânia) que a Rússia disse ter capturado em novembro.
O anúncio surge num contexto de intensa atividade diplomática no Ocidente destinada a pôr fim à guerra, desencadeada há quase quatro anos pela invasão russa da Ucrânia.
As tropas ucranianas "efetuaram uma rutura até ao rio Oskil, cortando as linhas de abastecimento do inimigo" e "libertaram" as aldeias de Kindrachivka e Radkivka, bem como bairros a norte de Kupiansk,
A unidade integra o agrupamento criado por Kyiv para "eliminar" a penetração russa nesta zona, segundo a mesma fonte.
Num vídeo publicado nas redes sociais, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse ter visitado as tropas ucranianas na região da cidade estratégica de Kupyansk.
"Dei os parabéns aos soldados. Agradeço a cada unidade e a todos que estão a lutar, a todos que estão a destruir o ocupante", frisou Zelensky.
O exército russo lançou a sua invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e ocupa atualmente 20% do território do país vizinho no leste e no sul, incluindo várias zonas da região de Kharkiv.
Após vários meses de ocupação russa, a cidade de Kupiansk, que tinha 55 mil habitantes antes da guerra, foi reconquistada em setembro de 2022 pelo exército ucraniano, que então empurrou as tropas de Moscovo dezenas de quilómetros para trás.
Em novembro passado, a Rússia afirmou tê-la retomado. A Ucrânia, que desmentiu, denuncia regularmente as tentativas de Moscovo de promover uma narrativa de derrota ucraniana, nomeadamente durante contactos com Washington, que se apresenta como intermediário nas negociações de paz.
"Os russos atuam de forma muito mais eficaz no espaço informativo do que qualquer um dos nossos parceiros e difundem informações que não refletem a realidade", declarou Zelensky quinta-feira a jornalistas.
"Temos de contrariar grandes absurdos", acrescentou.
Zelensky afirmou ainda na quinta-feira que Washington exige que Kyiv aceite concessões territoriais significativas à Rússia no leste da Ucrânia e pretende obter um acordo o mais depressa possível.
Segundo a análise da agência noticiosa France-Presse (AFP), baseada em dados fornecidos pelo Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), dos Estados Unidos, o exército russo realizou em novembro o seu maior avanço na frente na Ucrânia em um ano.
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