Trump: "Feliz Natal a todos, incluindo aos canalhas que adoravam Epstein"
- 26/12/2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua a demarcar-se de Jefrrey Epstein enquanto o Departamento de Justiça norte-americano continua a divulgar os ficheiros do predador sexual, que morreu na prisão, em 2019. Numa mensagem de Natal, o republicano atacou ainda os democratas e voltou a alegar que a eleição presidencial de 2016 foi sabotada.
"Feliz Natal a todos, incluindo aos muitos canalhas que adoravam Jeffrey Epstein. Deram-lhe montes de dinheiro, foram à sua ilha, compareceram em festas e pensaram que ele era a melhor pessoa do mundo só para 'descartá-lo como um cão' quando as coisas começaram a aquecer", pode ler-se numa publicação feita, na quinta-feira, na sua plataforma, a Truth Social.
E acrescentou: "Alegaram falsamente que não tinham nada a ver com ele, que o não o conheciam. Disseram que era uma pessoa repugnante e, claro, culparam o presidente Donald Jr. Trump que, na verdade, foi o único que descartou Epstein e, muito antes, de isto se tornar moda".
O presidente norte-americano atacou ainda os democratas, dizendo que são os nomes deles que têm "vindo à tona". Deixou ainda críticas ao jornal New York Times e mencionou a interferência russa nas eleições presidenciais de 2016, voltando a referir que foi uma eleição "falsa".
"Agora os mesmos derrotados estão a fazer isto de novo. Só que, desta vez, muitos dos seus amigos, na sua maioria inocentes, serão prejudicados e terão as suas reputações manchadas. Mas, infelizmente, é assim que as coisas são no mundo corrupto da política democrata! Aproveitem o que pode ser um último Feliz Natal", referiu.
De notar que, nas últimas semanas, têm sido divulgados vários documentos que constam nos ficheiros do caso de Jeffrey Epstein, onde Donald Trump já apareceu.
Novos documentos incluem alegação de violação por Trump
Recorde-se que os novos documentos do caso Epstein divulgados pelo Departamento de Justiça norte-americano, na terça-feira passada, incluem um depoimento, registado pelo FBI, sobre uma mulher que alegava ter sido violada por Donald Trump, atual presidente.
Incluído num novo lote de milhares de documentos divulgados sobre o caso do criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein, o depoimento de 27 de outubro de 2020 não identifica a fonte das autoridades federais, nem a alegada vítima, uma vez que foram omitidos muitos detalhes.
Segundo o relato de um motorista de limusinas na região de Dallas, que afirma ter levado Trump para o Aeroporto de Fort Worth (Texas) em 1995, durante a viagem este disse coisas "muito perturbadoras", tanto que quase o tirou do carro "para o agredir".
Durante a chamada telefónica, Trump terá mencionado repetidamente o nome "Jeffrey" e referiu-se a "abusar de uma rapariga", de acordo com o motorista.
Relatou ainda que, quando contou sobre este encontro com Trump a uma mulher que conhecia, esta afirmou que "Donald J. Trump a tinha violado juntamente com Jeffrey Epstein", depois de uma rapariga "com um nome estranho" a ter "levado para um hotel ou edifício de luxo".
A pessoa que informou o FBI disse que aconselhou a mulher a "ligar para a polícia a informar sobre o incidente", mas esta respondeu: "Não posso, eles vão matar-me".
Divulgação total dos ficheiros levará "mais algumas semanas"
O Departamento de Justiça do EUA (DOJ) informou hoje que a divulgação de todos os arquivos de Jeffrey Epstein poderá levar "mais algumas semanas", atrasando ainda mais o cumprimento do prazo de 19 de dezembro estabelecido pelo Congresso.
O departamento informou que o Ministério Público Federal do Distrito Sul de Nova Iorque, assim como o FBI, encontraram mais de um milhão de documentos que podem ser relevantes para o caso Epstein. O Departamento de Justiça não informou no comunicado quando foi informado sobre os novos arquivos.
















