Suspeito de ataque à faca em Paris internado. Prisão preventiva suspensa
- 28/12/2025
O homem suspeito de esfaquear três mulheres em Paris na sexta-feira, 26 de dezembro, foi internado após uma avaliação médica.
Segundo a agência France Press (AFP), o jovem de 25 anos foi transportado para um hospital psiquiátrico, onde deverá permanecer até que os profissionais de saúde declarem que o suspeito reúne as condições necessárias para sair. Enquanto isso, a medida de coação de prisão preventiva, que tinha sido decretada pela justiça francesa, está suspensa.
"A prisão preventiva do suspeito foi suspensa esta noite [sábado, 27 de dezembro], por ser considerada incompatível com o seu estado de saúde", explicou a procuradoria à AFP.
A medida de coação pode ser reaplicada, caso o estado de saúde do suspeito melhore.
Três mulheres foram esfaqueadas. Sofreram ferimentos leves
O homem, recorde-se, é suspeito de esfaquear três mulheres no metro de Paris, na sexta-feira, entre as 16h15 e as 16h45 locais (menos uma hora em Lisboa), com os ataques a terem lugar nas estações de Arts-et-Métiers, Repúblique e Opéra.
Duas das vítimas foram socorridas no local pelos bombeiros. A terceira dirigiu-se ao hospital por conta própria, informou a polícia local.
As três mulheres, note-se, sofreram apenas ferimentos leves: duas delas na zona das costas e outra na coxa.
Suspeito já tinha sido condenado e tinha ordem de extradição
O homem de 25 anos foi rapidamente identificado pelas autoridades "graças às imagens das câmaras de segurança", explicou a procuradoria de Paris em comunicado, citado pelo Le Progrés. Ao final da mesma tarde em que tinha cometido os ataques, já estava a ser detido pela polícia em Val-d’Oise, no noroeste da capital francesa.
"De nacionalidade maliana, em situação irregular no território nacional, este indivíduo, já conhecido por destruição de bens sob o efeito de estupefacientes, foi detido [novamente] em janeiro de 2024 por roubo agravado e agressão sexual, após ter sido condenado criminalmente", afirmou o Ministério do Interior num comunicado.
O suspeito ficou preso durante seis meses, sendo libertado em julho. No entanto, ficou "sujeito a uma obrigação de deixar o território francês e foi colocado num centro de detenção administrativa" de onde teria de ser deportado num prazo de 90 dias. Ou seja, em outubro (no máximo) deveria ter regressado ao Mali.
Contudo, houve um problema: o homem não tinha na sua posse qualquer documento de identificação válido. Nestes casos, é necessário que seja emitido um salvo-conduto por parte da respetiva embaixada ou consulado para permitir que o cidadão regresse ao seu país de origem.
O documento não chegou no prazo que a lei francesa estabelece para a deportação - os tais 90 dias - levando a que o homem saísse em liberdade, ficando em "prisão domiciliária".
Segundo o Ministério do Interior, havia um mandado de busca em nome do suspeito.
















