Rubio apela a fim de apoio militar a rebeldes do Sudão
- 13/11/2025
"É preciso fazer alguma coisa para travar o envio de armas e o apoio às RSF, que continuam a avançar", disse Rubio na reunião de chefes de diplomacia do G7 no Canadá que terminou hoje em Niagara-on-the-Lake, no Canadá.
O conflito no Sudão, que começou em abril de 2023, envolve o apoio de vários países estrangeiros às Forças Armadas Sudanesas (SAF) e às RSF.
Entre os apoiantes das SAF estão Egito, Arábia Saudita, Irão, Rússia, Eritreia, entre outros.
Segundo diversos media, os apoiantes das RSF incluem o Chade, os rebeldes líbios e os Emirados Árabes Unidos (EAU), que negam envolvimento.
As estimativas do número total de mortos desde abril de 2023 variam significativamente, indo de dezenas de milhares a até 400 mil, de acordo com o ex-enviado norte-americano para o Sudão.
Mais de 12 milhões de pessoas foram deslocadas à força desde abril de 2023, o maior número entre várias crises de segurança no mundo.
Este número inclui aproximadamente 7,7 milhões de deslocados internos dentro do Sudão e quase 4 milhões de pessoas que fugiram para países vizinhos, como o Chade, o Sudão do Sul e o Egito.
A declaração final da reunião de hoje do G7 salienta tratar-se da "maior crise humanitária do mundo" e condena "veementemente a recente escalada de violência e os ataques, muitas vezes motivados por questões étnicas, perpetrados pelas RSF contra civis desarmados e trabalhadores humanitários, particularmente em El Fasher e Kordofan do Norte".
"Exortamos as RSF e as SAF a respeitarem os direitos humanos, a reduzirem a escalada do conflito, a comprometerem-se com um cessar-fogo imediato e permanente e a garantirem a passagem rápida e desimpedida da assistência humanitária", afirmam os membros do G7, que expressam ainda apoio aos esforços diplomáticos em curso para restaurar a paz e reforçam o "apelo aos intervenientes externos para que contribuam para este fim".
Os chefes das diplomacias do grupo das sete democracias mais industrializadas do mundo estiveram hoje reunidos no Canadá, incluindo Marco Rubio e o chefe da diplomacia ucraniano, Andrii Sybiga.
O grupo do G7 é composto por França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, mais a União Europeia.
Na reunião de hoje, esperava-se que fosse discutida a legalidade dos ataques norte-americanos a embarcações nas Caraíbas, que resultaram em dezenas de mortes, mas segundo Rubio tal não foi abordado.
No final, Rubio declarou que as forças norte-americanas têm todo o direito de operar no "seu hemisfério" e que não cabe à Europa determinar a legalidade das operações contra embarcações nas Caraíbas alegadamente ligadas ao tráfico de droga.
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