Resultados na Guiné-Conacri dão vitória ao chefe da junta militar

  • 30/12/2025

Os resultados finais ainda não foram publicados, mas os números divulgados aos poucos desde segunda-feira pela Direção Geral de Eleições (DGE) do Ministério da Administração Territorial da Guiné-Conacri apontam para uma ampla vitória do general Doumbouya, candidato independente, frente a oito concorrentes pouco conhecidos.

 

A oposição tinha apelado ao boicote desta votação, organizada mais de quatro anos após o golpe de Estado de setembro de 2021 que derrubou o ex-Presidente Alpha Condé, que estava no poder desde 2010.

Segundo o diretor da DGE, Djénabou Touré, a eleição registou uma taxa de participação de 85%, sendo que esta era considerada a principal questão em jogo nas eleições, na ausência de adversários de peso.

O chefe da junta é até agora o vencedor das eleições em pelo menos oito dos treze municípios de Conacri, de acordo com os novos números publicados hoje.

Doumbouya também venceu amplamente em todas as províncias, mas também na África, Europa, Ásia e Estados Unidos, com resultados que chegaram a 90% ou mais.

A percentagem que estes resultados parciais representam no total dos votos não foi indicada pela DGE.

Na segunda-feira, a Frente Nacional para a Defesa da Constituição (FNDC), um movimento cidadão, reclamou o regresso dos civis ao poder, questionando a elevada participação de 85% anunciada pela DGE e indicando que a "maioria dos guineenses optou por boicotar a farsa eleitoral" organizada no domingo pela junta.

Cerca de 6,8 milhões de eleitores, dos quais cerca de 125 mil no estrangeiro, foram chamados a votar no domingo para escolher entre nove candidatos, incluindo o general Doumbouya, que parece ter a vitória garantida na primeira volta, face a candidatos pouco conhecidos do grande público e num contexto de restrição das liberdades.

No final de setembro, os guineenses aprovaram uma nova Constituição num referendo ao qual a oposição apelou ao boicote, mas cuja participação oficial foi de 91%.

A nova Constituição, que autoriza os membros da junta a candidatarem-se às eleições, abriu caminho para a candidatura de Doumbouya. Também aumentou de cinco para sete anos a duração do mandato presidencial, renovável uma vez.

Desde a independência em 1958, a Guiné-Conacri tem vivido uma história complexa, marcada por regimes militares e autoritários.

Apesar de o país ser rico em minerais, mais de metade da população vive abaixo do limiar da pobreza, de acordo com dados do Banco Mundial para 2024.

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FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2911714/resultados-na-guine-conacri-dao-vitoria-ao-chefe-da-junta-militar#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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