Progressistas à frente extrema-direita nas eleições nos Países Baixos
- 30/10/2025
O D66 deverá conquistar 27 dos 150 lugares no Parlamento, à frente do partido de extrema-direita de Wilders, PVV, que deverá garantir 25, segundo uma sondagem da Ipsos citada pela agência France-Presse (AFP).
Nos Países Baixos, as sondagens à boca das urnas refletem geralmente com bastante precisão a composição do Parlamento, mas a distribuição dos lugares pode mudar à medida que os votos são apurados.
Cerca de 13,4 milhões de cidadãos neerlandeses foram hoje às urnas para eleger a composição do Parlamento nacional, de onde sairá a futura coligação governamental, na terceira eleição realizada no país em menos de cinco anos. As urnas encerraram às 21:00 (20:00 em Lisboa).
Wilders, líder do Partido para a Liberdade (PVV), que foi o favorito durante grande parte da campanha, perdeu força nos últimos dias.
Nas sondagens antes das eleições previa-se que o PVV conquistasse entre 24 e 28 lugares, seguido de perto pelo GL-PvdA (Verdes, 22-26 assentos) e pelo D66 (com 21-25 lugares), que tem vindo a ganhar terreno graças à imagem positiva do seu líder, Rob Jetten.
Atrás destes estão o CDA, a União Democrata Cristã (que deverá conquistar 18-22 lugares), e o VVD (Liberdade e Democracia), de centro-esquerda (que deverá ter 15-19 lugares), partido que governou durante mais de uma década sob a liderança de Mark Rutte (atual secretário-geral da NATO), enquanto o eurocético JA21 ocupa a sexta posição (9-12 lugares).
O Parlamento dos Países Baixos tem 150 lugares, atualmente divididos entre 15 partidos, número que as sondagens preveem que se mantenha após a votação de hoje, na qual participam 27 partidos.
De acordo com as sondagens, será necessária uma coligação de pelo menos quatro ou cinco partidos para alcançar os 76 lugares necessários para uma maioria absoluta.
A meio da tarde, 38% dos 13,4 milhões de eleitores holandeses aptos a votar já tinham comparecido às urnas, menos dois pontos percentuais do que à mesma hora nas eleições de 2023. O dia decorreu sem incidentes.
A participação final nas eleições de 2023 foi de 77,7%, um dos níveis mais elevados da última década.
Leia Também: Líder da extrema-direita pede apoio e participação depois de votar em Haia














