Primeiro-ministro russo visita China dias após encontro entre Xi e Trump
- 31/10/2025
A deslocação acontece menos de uma semana após a cimeira entre os presidentes chinês e norte-americano, Xi Jinping e Donald Trump, respetivamente.
A visita ocorre a convite do chefe do Governo chinês, Li Qiang, e insere-se no 30.º encontro regular entre os primeiros-ministros dos dois países, indicou o porta-voz da diplomacia chinesa Guo Jiakun, em conferência de imprensa.
"As relações entre a China e a Rússia mantêm um elevado nível de desenvolvimento e a cooperação em diversas áreas tem mostrado um impulso positivo e estável", afirmou Guo.
Segundo o porta-voz, a reunião regular entre os primeiros-ministros "é um mecanismo importante para promover a implementação do consenso alcançado pelos chefes de Estado de ambos os países e coordenar a cooperação prática entre as duas partes".
Durante o encontro, os dois primeiros-ministros vão "avaliar de forma abrangente o progresso da cooperação bilateral, planear a próxima etapa da colaboração e trocar opiniões aprofundadas sobre assuntos de interesse comum", acrescentou.
A China espera que a visita "reforce ainda mais a confiança mútua, consolide o consenso e impulsione a cooperação", sublinhou Guo.
A deslocação de Mishustin ocorre dias após Trump ter afirmado, na sequência da reunião com Xi na Coreia do Sul, que os dois países "trabalharão juntos" para pôr fim à guerra na Ucrânia, tema que classificou como "muito importante" nas conversações com o homólogo chinês.
Em fevereiro de 2022, pouco antes da invasão russa da Ucrânia, os presidentes Xi Jinping e Vladimir Putin proclamaram, em Pequim, uma "amizade sem limites" entre os dois países. Desde então, têm reiterado que a sua aliança "não ameaça nenhum país" e contribui para "um mundo multipolar".
Pequim tem mantido uma posição ambígua face ao conflito na Ucrânia, apelando ao respeito pela "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, mas também à consideração pelas "legítimas preocupações de segurança de todos os países", numa referência à Rússia.
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