Presidente sul-coreano visita China a convite de Xi Jinping
- 30/12/2025
Os líderes já se reuniram em novembro, à margem da cimeira de líderes da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), organizada em Gyeongju, na Coreia do Sul.
Na ocasião, trocaram piadas e Lee descreveu Xi como "surpreendentemente bom a fazer piadas", considerando os diálogos "interessantes", e expressou o desejo de visitar a China.
Eleito em junho, Lee procura relançar as relações com Pequim, que se deterioraram sob a liderança do seu antecessor, Yoon Suk-yeol, que aproximou Seul dos Estados Unidos.
Esta será a primeira visita oficial de um chefe de Estado sul-coreano à China desde 2019.
No início de dezembro, Lee afirmou que a Coreia do Sul não deveria tomar partido entre a China e o Japão, num contexto de crescentes tensões bilaterais devido à questão de Taiwan e às acusações de Tóquio sobre a infiltração de navios chineses em águas territoriais japonesas.
As relações sino-sul-coreanas deterioraram-se significativamente em 2016, quando Seul decidiu instalar sistemas de defesa antimíssil norte-americanos THAAD. Pequim considerou a decisão uma ameaça à sua segurança nacional e respondeu com sanções económicas.
A política externa de Yoon, que é marcada por críticas à China, aproximação aos Estados Unidos e apaziguamento com o Japão, acentuou as divisões internas.
Para além dos diferendos na área da Defesa, tensões culturais (como o debate sobre a origem do kimchi) e disputas territoriais contribuíram para o agravamento da perceção pública. Um inquérito do instituto Hankook Research, em 2022, revelou pela primeira vez que os sul-coreanos desconfiavam mais da China do que do Japão.
Durante a campanha, Lee Jae-myung prometeu adotar uma abordagem mais flexível do que a do seu antecessor e chegou mesmo a afirmar que um eventual conflito entre Pequim e Taipé "não diz respeito" à Coreia do Sul.
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