Presidente sírio chegou aos EUA para visita histórica
- 09/11/2025
No decorrer da visita, o chefe de Estado interino da Síria, cujas forças rebeldes derrubaram o líder de longa data Bashar al-Assad no final do ano passado, deve encontrar-se com o Presidente norte-americano, Donald Trump.
Durante esta visita histórica, Damasco deve assinar um acordo para se juntar à coligação internacional antijihadista liderada pelos Estados Unidos, de acordo com o enviado americano para a Síria, Tom Barrack.
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) foi derrotado militarmente em 2019 na Síria pela coligação e pelas Forças Democráticas Sírias (FDS), lideradas pelos curdos, que estão atualmente a negociar a sua integração no exército sírio.
Os Estados Unidos, por sua vez, planeiam estabelecer uma base militar perto de Damasco, disse à AFP uma fonte diplomática na Síria.
A Síria, que saiu de mais de 13 anos de guerra civil, também procura garantir fundos para a sua reconstrução, um projeto cujo custo pode ultrapassar os 216 mil milhões de dólares (187 mil milhões de euros), de acordo com o Banco Mundial.
Na quinta-feira, o Conselho de Segurança da ONU suspendeu as sanções contra Ahmad al-Chareh, que até agora precisava de uma isenção das Nações Unidas para cada viagem internacional.
A resolução, preparada pelos Estados Unidos, saúda o compromisso de Ahmad al-Chareh (que há um ano liderava o grupo Hayat Tahrir al-Sham -- HTS, antigo braço sírio da Al-Qaeda), de combater o terrorismo.
Foi na qualidade de líder do HTS que, à frente de uma coligação islâmica, derrubou Bashar al-Assad em o8 de dezembro de 2024.
Ahmad al-Chareh estava inscrito desde 2013 na lista de sanções da ONU.
Mas, assim que assumiu o poder, rompeu claramente com o passado jihadista, multiplicando as aberturas para o Ocidente e os países da região, especialmente as ricas monarquias árabes.
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