Pelo menos onze feridos em ataque russo a Kyiv. Veja as imagens
- 27/12/2025
Pelo menos onze pessoas ficaram feridas num ataque à capital da Ucrânia num ataque de drones russos durante a madrugada deste sábado.
A informação é avançada pelo presidente da câmara de Kyiv, que vai mantendo a população a par do que está a acontecer através da rede social Telegram.
"Onze pessoas ficaram feridas em Kyiv. Oito foram hospitalizadas em unidades médicas da capital. As demais receberam atendimento no local ou em regime ambulatório", afirmou Vitaly Klitschko na última mensagem enviada, por volta das 7h20 de sábado.
Foi também através do Telegram que o autarca alertou o povo ucraniano do ataque à capital, onde às 23h36 (ainda de sexta-feira, dia 26 de dezembro) escreveu: "Explosões na capital. As forças de defesa aérea estão em ação. Abriguem-se!".
Segundo Klitschko, há vários bairros da capital com incêndios ainda a decorrer causados pelos ataques de drones.
Em imagens partilhadas pelos serviços de emergência ucranianos é possível ver essa mesma realidade, com chamas a consumirem prédios em Kyiv. Pode ver estas fotografias na galeria acima.
Nas redes sociais, os vídeos do momento que se viveu na capital também já começaram a circular. Num deles, é possível ver um drone a embater diretamente com um prédio, que aparenta ser habitacional, causando uma enorme explosão. Nos restantes, pode ver-se as consequências deste ataque: prédios destruídos, onde os drones colidiram, com grandes incêndios a consumir o que resta da habitação.
Putin responded to calls for ceasefire by launching a terrorist attack on Kyiv just before the New Year.
— Денис Казанський (@den_kazansky) December 27, 2025
Right now, Russian drones are deliberately targeting residential buildings in the capital of Ukraine. There are numerous fires and destruction, and civilians are buried under… pic.twitter.com/y7i24ae5lI
Para já, note-se, as autoridades ucranianas não registaram qualquer vítima mortal do ataque.
Contudo, a mais recente ofensiva russa causou um outro problema aos habitantes da capital: a falha de energia.
No Telegram, Klitschko informou que cerca de um terço da capital está, neste momento, sem aquecimento - uma falha particularmente grave quando as temperaturas em Kyiv chegam a graus negativos e as previsões incluem a queda de neve.
"Em consequência do ataque inimigo, quase um terço da capital está atualmente sem aquecimento. Não há eletricidade em algumas áreas da margem esquerda. Os técnicos estão a trabalhar para restabelecer o fornecimento de energia", afirmou.
Trump e Zelensky reúnem-se no domingo
A onda de ataques russos acontece na véspera de a uma reunião agendada entre o presidente ucraniano e o seu homólogo norte-americano, na Flórida, nos Estados Unidos.
As horas da reunião ainda não são conhecidas, mas segundo Volodymyr Zelensky, este encontro tem como objetivo "finalizar o máximo possível" do acordo de paz entre Kyiv e Moscovo. O objetivo será discutir com Trump de que forma é que os aliados da Ucrânia podem garantir a segurança do país.
De acordo com Zelensky, o plano de paz de 20 pontos elaborado por Kyiv e Washington está "90% pronto".
O plano de paz (e o que diz a Rússia?)
O referido documento preliminar impõe o 'congelamento' das atuais linhas da frente de combate, mas sem ser adiantada uma solução para os territórios ucranianos ocupados pela Federação Russa (19%) desde a invasão de 24 de fevereiro de 2022.
A versão original do plano norte-americano versava duas exigências do regime russo liderado pelo presidente Vladimir Putin, que estão ausentes da nova formulação.
A Rússia exige a retirada das forças ucranianas dos territórios do Donbass, ainda sob controlo de Kyiv, e o compromisso, juridicamente vinculativo, de que a Ucrânia se mantém fora da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla inglesa).
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, indicou que Moscovo estava a "formular sua posição" e recusou-se comentar quaisquer os detalhes.
Quinta-feira, a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, afirmou que o progresso rumo ao fim da guerra era "lento, mas constante".















