PAM estima que 700.000 pessoas em Cuba precisem de ajuda após furacão
- 30/10/2025
Os cálculos preliminares da agência especializada das Nações Unidas indicam que metade desse número precisará de apoio material durante três meses e o restante durante seis meses.
Uma parcela inicial da ajuda -- 617 toneladas de arroz, cereais e petróleo -- já está no terreno graças ao Plano de Ação Antecipatória da ONU para Emergências em Cuba, que inclui a passagem de furacões nos seus cenários de contingência e se preparou para a chegada do Melissa.
As reservas que o PAM já tinha armazenado em vários locais de Cuba serão agora transferidas para as quatro províncias mais afetadas (Granma, Santiago de Cuba, Guantánamo e Holguín), especificamente para os 20 municípios que se estima tenham sofrido mais danos.
Mas, para conseguir cumprir as suas projeções para os próximos seis meses, a agência indicou que precisa de até 30 milhões de dólares (25,8 milhões de euros), 25 milhões de dólares (21,5 milhões de euros) dos quais se destinam ao fornecimento de alimentos essenciais.
O diretor do PAM em Cuba, Etienne Labande, destacou a colaboração com as autoridades locais e, em concreto, com a Defesa Civil, o principal organismo de gestão de catástrofes em Cuba.
"Estamos já a atender os afetados, graças à forte colaboração com a Proteção Civil e a todo o trabalho prévio que temos desenvolvido em conjunto. Todas as ações preventivas estão agora a dar frutos", afirmou Labande, citado pela agência de notícias espanhola EFE.
Outras agências da ONU centradas nas crianças (UNICEF), na saúde (Organização Pan-Americana da Saúde, OPAS -- delegação regional da OMS) e no desenvolvimento (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, PNUD) também participam no plano de ação preventiva para Cuba.
Na quarta-feira, chegaram à ilha caribenha 2,6 toneladas de material médico.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cuba agradeceu hoje à ONU e à OPAS/OMS nas redes sociais pela "resposta imediata" ao furacão Melissa.
O Melissa tocou terra em Cuba na madrugada de quarta-feira com categoria 3 (de 5) na escala Saffir-Simpson e varreu o seu extremo oriental durante cerca de sete horas, com fortes ventos, chuvas torrenciais e uma severa maré ciclónica.
O Governo de Havana não divulgou até agora uma avaliação dos estragos, mas as inundações causaram danos significativos nas habitações, nas infraestruturas básicas e na agricultura. Até ao momento, não há registo de mortes.
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