OEA pede que se aguarde resultado das eleições nas Honduras
- 10/12/2025
"Com a mesma clareza com que a missão da OEA pediu [às autoridades] para agilizar a contagem e para maximizar a rastreabilidade, reitera o seu apelo às autoridades, aos partidos e aos candidatos para que aguardem os resultados e respeitem a vontade popular expressa nas eleições", afirmou a organização americana em comunicado.
A OEA confirmou que as suas equipas da missão eleitoral "continuam mobilizadas" no país, onde estão a "observar os processos de apuração dos votos", que ainda estão a decorrer e já suscitaram acusações de fraude por parte do candidato presidencial Salvador Nasralla.
"É também crucial que o material eleitoral seja salvaguardado", declarou a OEA, insistindo que a Comissão Nacional Eleitoral das Honduras deve "realizar o seu trabalho sem pressão".
"Rejeitamos qualquer apelo à perturbação da ordem pública que possa comprometer as restantes etapas do processo eleitoral", concluiu o comunicado.
Para já, o candidato do Partido Nacional (direita), Nasry Asfura --- o favorito do Presidente norte-americano, Donald Trump ---, mantém-se à frente na corrida presidencial hondurenha, com menos de um ponto percentual de vantagem sobre Salvador Nasralla (Partido Liberal, centro-direita), que denunciou a fraude nas eleições e quando há repetidos problemas técnicos com a contagem dos votos.
A acusação de Nasralla surge depois de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) hondurenho, que interrompeu a contagem por diversas vezes nos últimos três dias, ter retomado a divulgação dos dados, que estão apenas acessíveis à imprensa e aos partidos políticos.
O candidato liberal à Presidência denunciou na segunda-feira uma fraude eleitoral a favor de Asfura.
"É uma fraude", afirmou Nasralla na rede social X, alegando uma manipulação do sistema informático, numa altura em que a primeira fase da contagem dos votos se aproxima do final, após mais de uma semana de contratempos, com Asfura a ampliar a vantagem sobre o candidato do Partido Liberal.
O partido do Governo nas Honduras, Partido Libertad y Refundación (Libre, esquerda) anunciou no domingo, pela voz da sua candidata presidencial - que está em terceiro lugar na votação -, Rixi Moncada, que "não reconhece" as eleições gerais de 30 de novembro, alegando "interferência e coação" por parte de Donald Trump.
Leia Também: Candidato presidencial das Honduras denuncia "fraude eleitoral"














