Novo Papa, queda de avião e (polémica) flotilha: As mais lidas em Mundo

31/12/2025

O início do ano de 2025 ficou marcado por uma série de incêndios que assolaram Los Angeles, nos Estados Unidos, durante cerca de três semanas. As chamas, agravadas pelas condições de seca e ventos de um furacão, provocaram 30 vítimas mortais e prejuízos de milhares de milhões de dólares.

Mais tarde, em março, o caso de Émile Soleil - o menino de dois anos que desapareceu em França no verão de 2023 e foi encontrado morto oito meses depois - voltou a ser falado, após a detenção dos avós maternos. Os pais da mãe de Émile foram detidos em março de 2025, sendo acusados de homicídio e ocultação de cadáver, mas acabaram por ser libertados.

A 21 de abril, na segunda-feira de Páscoa, foi anunciada a morte do Papa Francisco devido a um AVC e a insuficiência cardíaca, na sequência de vários problemas respiratórios que levaram à sua hospitalização durante várias semanas. A 8 de maio, após um conclave que durou dois dias, foi eleito um novo santo pontífice: o Papa Leão XIV.

No mesmo mês, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor tarifas de 50% aos produtos europeus a partir de 1 junho por considerar que as negociações comerciais não estavam "a chegar a lado nenhum", levando os países europeus a reagir com indignação e preocupação.

Em junho, o mundo virou atenções para a queda de um avião com mais de 240 pessoas a bordo, na Índia, pouco depois de ter descolado da cidade de Ahmedabad. Apenas um passageiro sobreviveu - o ocupante do lugar 11A. Num relatório preliminar das autoridades indianas de aviação, emitido cerca de um mês depois, foi revelado que os interruptores de combustível do Boeing 787-8 da Air India foram desligados pouco antes de o aparelho se ter despenhado.

Na segunda metade do ano, setembro foi o mês em que os leitores foram recordados do que significa a ativação do artigo 4.º da NATO, com a circunstância a ser precipitada pela violação do espaço aéreo da Polónia por drones russos, no momento em que as tensões cresciam devido à guerra na Ucrânia. A decisão foi, em seguida, replicada por outro país europeu - a Estónia - pelo mesmo motivo. Na prática, a invocação do artigo 4.º inicia uma discussão entre os Estados-membros.

Ainda no mesmo mês, o ativista conservador, influenciador político e porta-voz da juventude pró-Trump, Charlie Kirk, foi assassinado durante uma reunião pública numa universidade no estado norte-americano do Utah. O principal suspeito, Tyler Robinson, de 22 anos, entregou-se à polícia no dia seguinte e está acusado de homicídio qualificado, porte ilegal de arma de fogo, obstrução da justiça, intimidação de testemunhas e prática de crime violento na presença de uma criança.

Já em outubro, a 'batalha' tornou-se naval, quando uma flotilha humanitária, com cerca de 50 barcos, que rumava a Gaza, foi intercetada pelas autoridades israelitas. Os ativistas - incluindo quatro portugueses, entre os quais a, na altura, coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte - pretendiam fazer chegar ajuda a Gaza, mas acabaram detidos. Após as detenções e regresso a Portugal, denunciaram abusos e falta de direitos nas prisões israelitas, queixas negadas pela embaixada de Israel.

Quase no final do mês, Nicolas Sarkozy entregou-se na prisão e tornou-se o primeiro ex-presidente da República francesa (e da União Europeia) a cumprir pena de prisão efetiva, após ser condenado a cinco anos de prisão no processo relativo ao financiamento líbio da sua campanha presidencial de 2007. Passou 20 dias detido na prisão de Santé, em Paris. Mais tarde, recorreu da sentença e o novo julgamento está marcado para começar a 16 de março de 2026.

Já no final do ano, em dezembro, cerca de 200 pessoas participaram numa concentração promovida por seis organizações norueguesas contra a atribuição do prémio Nobel da Paz à opositora venezuelana María Corina Machado - sob palavras de ordem como "Nenhum prémio da Paz para os belicistas" e "Estados Unidos, fora da América Latina", os manifestantes concentraram-se em frente à sede do Instituto Nobel de Oslo. María Corina Machado só conseguiu chegar a Oslo no dia seguinte, horas depois da cerimónia, depois de ter tido de escapar da Venezuela, onde tem vivido escondida desde meados de 2024. O prémio acabou por ser recebido pela filha, em seu nome.

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