Nicolás Maduro "começou esta guerra" e Donald Trump "está a terminá-la"
- 05/11/2025
"A estratégia do Presidente [norte-americano, Donald] Trump contra esta estrutura criminosa e narcoterrorista está absolutamente correta, porque Nicolás Maduro não é um chefe de Estado legítimo; é o chefe desta estrutura narcoterrorista que está a travar uma guerra contra o povo venezuelano", sustentou Maria Corina Machado intervindo virtualmente no American Business Forum, a decorrer em Miami, na Florida.
A laureada com o prémio Nobel da Paz 2025 considerou que "foi fundamental o impacto" da estratégia de Trump, cujo Governo está a equacionar bombardear alvos militares em território venezuelano, noticiaram na semana passada diários norte-americanos como The Wall Street Journal, The New York Times e The Miami Herald.
Machado apoiou a estratégia de Trump, que ordenou operações marítimas que, desde 01 de setembro, mataram pelo menos 66 pessoas em quase 20 embarcações no mar das Caraíbas e no oceano Pacífico, porque "combate os fluxos de tesouraria" das "estruturas criminosas" que traficam armas, drogas e pessoas.
"É preciso cortar esses fluxos de tesouraria, e é exatamente isso que o Presidente Trump está a fazer, para proteger milhões de vidas norte-americanas e latino-americanas; e se é certo que Maduro começou esta guerra, o Presidente Trump está a terminá-la", defendeu.
Argumentou também que Maduro rejeitou as propostas de uma transição de poder negociada, após as eleições de julho de 2024, em que a oposição e Governos estrangeiros asseguram que ganhou Edmundo González, apoiado por Machado.
"Este é o momento em que Maduro tem de entender que os seus dias estão contados e, certamente, se aceitar uma transição, esta irá mais longe, ordenadamente, pacificamente e mais rapidamente, mas acontecerá independentemente do que Maduro fizer", previu.
Se o seu movimento chegar ao poder, Machado prometeu "abrir a Venezuela" ao investimento estrangeiro, com oportunidades estimadas em 1,7 biliões de dólares (1,4 biliões de euros), além de uma "privatização em grande escala".
A figura de proa da oposição venezuelana afirmou ainda que, quando cair o Governo de Maduro, Cuba e Nicarágua vão seguir o mesmo caminho, juntamente com mudanças na política em relação ao Irão, à Rússia e à China, países que acusou de transformarem a Venezuela "numa ponte" para ajudar "redes criminosas".
"Este é um momento único que uniu o nosso país e impulsionou os nossos passos finais rumo à liberdade; isto também significará liberdade para Cuba e para a Nicarágua", sublinhou.
Maria Corina Machado, que reconheceu de novo a "liderança do Presidente Trump" ao recordar o prémio Nobel da Paz com que foi distinguida no mês passado, apresentou também a liberdade da Venezuela como uma questão de segurança nacional para os Estados Unidos.
A opositora venezuelana é uma das oradoras do primeiro dia do American Business Forum, que hoje e na quinta-feira reúne em Miami líderes empresariais e políticos, como Donald Trump, o Presidente argentino, Javier Milei, e grandes nomes do desporto como o tenista Rafael Nadal e o futebolista Lionel Messi.
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