Netanyahu exige que governos ocidentais atuem contra o antissemitismo
- 16/12/2025
"Exijo que os governos ocidentais façam o que for necessário para combater o antissemitismo e garantir a segurança e a proteção necessárias às comunidades judaicas em todo o mundo", disse Netanyahu numa breve mensagem vídeo divulgada pelo seu gabinete.
A declaração do chefe do Governo israelita surge dois dias após dois homens, pai e filho, terem disparado contra uma multidão reunida para a celebração judaica Hanukkah na praia Bondi, junto de Sydney, que deixou pelo menos 16 mortos, incluindo um dos atiradores, e 42 feridos.
As autoridades australianas classificaram o ataque como antissemita e terrorista, com o propósito de semear o pânico entre a população judaica do país, e indicou que os atiradores foram provavelmente "motivados pela ideologia" do grupo jihadista Estado Islâmico.
"Seria prudente que acatassem os nossos alertas. Exijo que ajam já", insistiu hoje Netanyahu.
Logo na noite de domingo, o primeiro-ministro israelita acusou Camberra de ter "alimentado o fogo do antissemitismo" muito antes deste ataque, sobretudo quando reconheceu o Estado da Palestina em setembro, juntamente com outros países ocidentais, incluindo Portugal.
Benjamin Netanyahu relatou que tinha escrito ao primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, há três meses a lamentar esta decisão.
O atentado na Austrália reacendeu o trauma em Israel causado pelos ataques liderados pelos islamitas palestinianos do Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul do país, que fizeram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns e desencadearam a guerra na Faixa de Gaza.
Na segunda-feira, Anthony Albanese reagiu às declarações do homólogo israelita, rejeitando a ideia de que o atentado no seu país possa estar relacionado com o reconhecimento do Estado Palestiniano.
Questionado numa entrevista à rádio ABC, o líder australiano sublinhou que "a maior parte do mundo" reconhece a solução de dois Estados, com Israel e Palestina lado a lado.
Leia Também: Gaza. Retirados mais 30 corpos de edifício bombardeado há 2 anos














