Netanyahu agradece a Trump "incrível" apoio a perdão pelo Presidente israelita
- 13/11/2025
"Obrigado, Trump, pelo teu incrível apoio. Como sempre, vais direto ao assunto e dizes as coisas como elas são. Espero continuar a nossa colaboração para reforçar a segurança e consolidar a paz", afirmou Netanyahu nas redes sociais.
Trump já tinha defendido o perdão para Netanyahu na sua visita a Israel em outubro, quando classificou as acusações ao líder israelita, por ter aceite presentes de multimilionários, como "injustas destinadas a causar-lhe grandes danos", e o processo judicial como "politicamente motivado".
O Presidente israelita, Isaac Herzog, divulgou hoje uma carta de Trump a pedir-lhe oficialmente o perdão de Netanyahu.
"Venho por este meio solicitar que conceda um perdão total a Benjamin Netanyahu, que tem sido um primeiro-ministro formidável e decisivo durante a guerra e que agora está a conduzir Israel para uma era de paz", refere a carta, divulgada pelo gabinete de Herzog.
Netanyahu, que ainda não foi condenado, tem três processos em aberto em tribunal: dois por fraude e quebra de confiança, e o terceiro, considerado o mais grave, que diz respeito a alegados favores de Netanyahu - quando era ministro das Comunicações - ao empresário Shaul Elovich, que controlava a empresa de telecomunicações Bezeq e o portal de notícias Walla News, em troca de uma cobertura mediática favorável.
De acordo com a Lei 5741-1981 relativa aos registos criminais e à reabilitação dos delinquentes, o Presidente israelita tem o poder de perdoar, reduzir ou comutar penas, bem como anular registos criminais, em "casos excecionais" que envolvam "circunstâncias únicas e extraordinárias".
Qualquer pessoa pode apresentar um pedido de indulto à Presidência do Estado, quer pessoalmente, quer através de um representante.
Netanyahu e os seus colaboradores mais próximos nunca apresentaram um pedido de indulto, embora o Canal 13 em Israel tenha informado no mês passado, citando fontes do gabinete do primeiro-ministro, que estão em curso conversações sobre a possibilidade da mulher de Netanyahu, Sara Netanyahu, apresentar um pedido de indulto.
O líder israelita, que afirma que o processo é uma "caça às bruxas" e uma conspiração do "Estado profundo", é o primeiro chefe de Governo na história de Israel a ser processado durante o seu mandato.
Um grupo pró-democracia israelita criticou hoje Trump por interferir no processo.
"Israel é uma democracia forte e independente, com um sistema judicial excecional, e não um Estado cliente. O Estado de direito e o princípio da igualdade perante a lei são a essência da nossa democracia", afirmou o Movimento para um Governo de Qualidade num comunicado.
"O processo penal contra o primeiro-ministro deve prosseguir sem qualquer interferência política, interna ou externa. O destino legal de cada cidadão, incluindo o primeiro-ministro, será decidido exclusivamente com base nas provas apresentadas perante um tribunal independente e imparcial", acrescentou a nota.
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