NATO vai realizar operação de desminagem e verificar infraestruturas no Báltico
- 30/10/2025
As operações serão feitas pelo Grupo Permanente de Contramedidas Antiminas da NATO 1 (SNMCMG1, na sigla em inglês), segundo um comunicado citado pela agência de notícias espanhola EFE.
O grupo da NATO efetuará as operações de deteção e remoção de artefactos explosivos antigos entre 03 e 14 de novembro, em frente às costas de Hanko e da península de Porkkala, a oeste de Helsínquia.
O SNMCMG1 vai contar com o apoio do navio draga-minas finlandês "Katanpaa", disse a Marinha do país nórdico.
Ainda existe "um número considerável" de minas marítimas das duas guerras mundiais (1914-1918 e 1939-1945) no fundo do mar junto à costa do país, embora não constituam risco para o tráfego marítimo, segundo a Marinha finlandesa.
Além da desminagem, o grupo da NATO será responsável pela inspeção e monitorização do estado das infraestruturas submarinas críticas da região, como cabos de alta tensão e de telecomunicações, no âmbito da operação "Baltic Sentry" da Aliança.
"As operações de limpeza de munições históricas reais no mar Báltico oferecem excelentes oportunidades de treino para os navios do SNMCMG1", afirmou o subchefe do Estado-Maior de Operações Navais da Finlândia, capitão Marko Laaksonen, citado no comunicado.
"Ao mesmo tempo, estes esforços conjuntos com a NATO ajudar-nos-ão a controlar e a conhecer melhor as rotas marítimas e as infraestruturas críticas", acrescentou.
Desde o início da guerra da Rússia contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Finlândia tem sido vítima de vários incidentes misteriosos que danificaram infraestruturas submarinas críticas no Báltico.
As infraestruturas atingidas incluíram um gasoduto, um cabo elétrico de alta tensão e cinco cabos de telecomunicações.
O mar Báltico é uma vasta zona que faz fronteira com vários países membros da NATO e com a Rússia.
A Finlândia (desde 2023) e a Suécia (2024) são os membros mais recentes dos 32 países que integram a NATO, de que Portugal faz parte desde que foi fundada em 1949.
Os dois países nórdicos, que também são membros da União Europeia, abandonaram a tradicional neutralidade para aderir à aliança militar ocidental precisamente na sequência da invasão russa da Ucrânia.
A Finlândia partilha 1.340 quilómetros de fronteira terrestre com a Rússia, país que tem uma fronteira marítima com a Suécia.
A operação "Baltic Sentry" foi lançada em janeiro, "em resposta aos danos sofridos pelos cabos submarinos que ligam a Estónia e a Finlândia", em dezembro de 2024, segundo o comando aliado de operações da NATO.
A operação visa "dissuadir qualquer tentativa futura de um Estado ou ator não estatal de danificar infraestruturas críticas submarinas na região", anunciou na altura o comando.
Leia Também: "Queremos que o nosso belo continente se transforme num feudo da NATO?"














