MNE britânica pede "libertação imediata" de ativista Jimmy Lai
- 15/12/2025
Num comunicado, Cooper condenou "a acusação com motivação política contra Jimmy Lai, que resultou no veredicto de culpado de hoje" por o fundador do jornal pró-democracia Apple Daily "exercer pacificamente o seu direito à liberdade de expressão".
"A Lei de Segurança Nacional de Pequim foi imposta a Hong Kong para silenciar os críticos da China", afirmou Cooper, que reiterou a posição de que a legislação deve ser revogada e cessada a perseguição de todos os indivíduos acusados ao abrigo da mesma.
A ministra pediu a "libertação imediata" de Lai e o acesso do septuagenário a cuidados médicos prestados por "profissionais de saúde independentes".
Lai tem nacionalidade britânica, adquirida um ano antes de a administração de Hong Kong, que foi uma colónia britânica durante 156 anos, ter sido transferida para a China, em 1997.
A justiça de Hong Kong considerou hoje Jimmy Lai Chee-ying, o antigo magnata da comunicação social pró-democracia, culpado de conluio com entidades estrangeiras, violando assim a lei de segurança nacional imposta por Pequim em 2020 e revista em 2024, em resposta aos protestos antigovernamentais, por vezes violentos, de 2019.
O fundador do jornal pró-democracia Apple Daily, atualmente banido, foi ainda condenado por "publicações sediciosas" relativas a 161 artigos, incluindo editoriais assinados com o seu nome.
O Tribunal Superior de Hong Kong marcou para 12 de janeiro uma audiência, com a duração máxima de quatro dias, onde a defesa de Lai, de 78 anos, poderá apresentar eventuais atenuantes, antes de a sentença ser conhecida.
Os três crimes de que o cidadão britânico foi considerado culpado podem acarretar a pena de prisão perpétua.
A família e apoiantes têm manifestado preocupação com a saúde debilitada de Jimmy Lai devido à sua condição de diabético e por estar em regime de prisão solitária.
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