Metsola manifesta "solidariedade" um ano após cheias em Valência
- 29/10/2025
"Há um ano, inundações devastadoras assolaram Valência, colocando à prova a resistência do seu povo, [mas] perante as dificuldades, a Europa solidarizou-se com as comunidades espanholas afetadas. Os meus pensamentos estão com as famílias e os entes queridos das vítimas, bem como com todo o povo espanhol", escreveu Roberta Metsola na rede social X.
Quando se assinala um ano das cheias que provocaram a morte de 237 pessoas e milhões de euros em prejuízos em Valência, a representante assegurou: "Juntos, continuamos a reconstruir".
Espanha homenageia hoje com um funeral de Estado em Valência as pessoas que morreram há um ano nas inundações no leste do país, uma tragédia que continua a ser investigada pela justiça e em três comissões parlamentares.
Em 29 de outubro de 2024, uma "gota fria" ou DANA, como é conhecida em Espanha uma "depressão isolada em altos níveis", formou-se no sul da Península Ibérica e gerou chuvas de grande intensidade e concentradas, sobretudo, no interior da região de Valência, onde foram medidos níveis de queda de água em 24 horas com valores dos mais elevados desde que há registo na Europa.
A água, em grandes quantidades, acabou por descer em direção à costa mediterrânica por barrancos e ribanceiras e invadiu, no final da tarde, estradas e ruas de vários subúrbios da cidade de Valência, uma das zonas com maior densidade populacional de Espanha.
Morreram nas inundações e no temporal 229 pessoas na região autónoma da Comunidade Valenciana, sete numa zona vizinha da região de Castela La Mancha e uma na Andaluzia (sul de Espanha), segundo dados oficiais.
Em Valência, a região no epicentro da tragédia, o temporal afetou uma área de cerca de 553 quilómetros quadrados de 75 municípios e 306 mil pessoas.
Segundo o governo autonómico, as cheias causaram danos de pelo menos 17.800 milhões de euros em habitações, infraestruturas de abastecimento e transporte, parques naturais e zonas protegidas, escolas, centros de saúde, equipamentos sociais e culturais ou 64.100 empresas, entre outros setores.
As cheias em Valência ficaram também marcadas por problemas de comunicação devido à falta de coordenação entre autoridades, que demoraram a emitir alertas por SMS e inicialmente recusaram ajuda do governo central.
A população também criticou a falta de prevenção e de ordenamento territorial.
Leia Também: Von der Leyen garante apoio a Espanha um ano após cheias devastadoras














