Marco Rubio descarta candidatar-se à presidência, se JD Vance o fizer
- 17/12/2025
"Se JD Vance se candidatar à presidência, será o nosso candidato, e eu serei um dos primeiros a apoiá-lo", declarou o chefe da diplomacia norte-americana numa entrevista concedida à revista Vanity Fair, juntamente com vários membros do Governo de Trump.
Rubio, de 54 anos, e Vance, de 41, são considerados os principais possíveis sucessores de Trump, que não poderá recandidatar-se em 2028, depois de cumprir os dois mandatos permitidos pela Constituição.
Durante a sessão fotográfica para a Vanity Fair, Vance brincou com os fotógrafos, oferecendo-lhes mil dólares (cerca de 850 euros) se conseguissem fazê-lo parecer melhor que Rubio.
Embora durante meses Trump tenha insinuado que poderia candidatar-se à reeleição, em outubro apoiou a ideia de Vance e Rubio concorrerem num 'ticket' conjunto, sem precisar quem seria o candidato presidencial e quem seria o candidato a vice-presidente.
"Acho que se formassem uma equipa, seriam imbatíveis. Não creio que alguém se candidatasse contra nós", afirmou.
Na mesma entrevista à Vanity Fair, a chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles, afirmou que Trump não tenciona violar o Artigo 22.º, que o impede de voltar a concorrer ao cargo, embora tenha reconhecido "estar a divertir-se" com os seus comentários sobre esse assunto.
Marco Rubio, filho de imigrantes cubanos, foi um proeminente senador republicano entre 2010 e 2025.
Em 2016, tentou a nomeação presidencial pelo seu partido, mas foi derrotado por Trump, após uma campanha marcada por intensos confrontos verbais entre ambos.
Antes das eleições de 2024, o nome de Marco Rubio foi considerado como possível candidato a vice-presidente, mas Trump optou por Vance e, após assumir o cargo, nomeou Rubio secretário de Estado, tornando-o o primeiro latino-americano a ocupar este cargo nos Estados Unidos.
JD Vance, ex-senador pelo Ohio, saltou para a ribalta em 2016 com a publicação das suas memórias, nas quais relata a infância numa comunidade branca de classe trabalhadora afetada pela desindustrialização e pela pobreza. Embora tenha inicialmente afirmado que nunca apoiaria Trump, acabou por se alinhar com o 'trumpismo'.
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