Mais de 800 militares moçambicanos formados pela Missão da União Europeia em 2025
- 29/12/2025
A Missão de Assistência Militar da União Europeia (EUMAM-Moçambique) formou, este ano, mais de 800 militares moçambicanos em 36 programas de capacitação, anunciou hoje a missão.
"A Missão de Assistência Militar da UE em Moçambique conclui o ano de 2025 com a implementação, em estreita colaboração com as Forças Armadas de Defesa de Moçambique [FADM], de 36 programas de capacitação, que envolveram mais de 800 militares Moçambicanos", lê-se numa nota da EUMAM-Moçambique, enviada hoje à comunicação social.
Segundo o documento, entre as atividades implementadas estão programas nas áreas de comando e controlo, logística, manutenção e transportes, liderança, pedagogia militar, cooperação civil-militar, comunicação estratégica, assessoria institucional ao estado-maior general das FADM e 'Training of Trainers' (Formação de Formadores) para os instrutores das Forças de Reação Rápida.
"Durante o ano de 2025, foram ainda lançados programas essenciais para garantir a sustentabilidade logística dos meios disponibilizados no âmbito do 'European Peace Facility' [Mecanismo Europeu para a Paz]", refere a EUMAM-Moçambique.
Em 09 de dezembro, os governos português e moçambicano pediram a renovação do mandato da missão de assistência militar, liderada por Portugal e que apoia, com formação, o combate ao terrorismo em Cabo Delgado, no norte de Moçambique.
"Os chefes de Governo manifestaram a expectativa de que o mandato da EUMAM-Moçambique, que termina a 30 de junho de 2026, seja renovado, preferencialmente por um período não inferior a dois anos e adaptado às necessidades do terreno", refere-se na declaração final da sexta cimeira Portugal Moçambique, que decorreu no Porto, na presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e do Presidente moçambicano, Daniel Chapo, além de cerca de vinte ministros, dos dois governos.
A EUMAM-Moçambique está, atualmente, sob comando do comodoro César Manuel Pires Correia, da Marinha portuguesa, e conta com um total de 83 militares de 12 nacionalidades.
A União Europeia anunciou, em 2024, a adaptação dos objetivos estratégicos da anterior Missão de Formação Militar da UE em Moçambique (EUTM-MOZ), que transitou, em 01 de setembro do mesmo ano, do modelo de treino para um de assistência, passando, assim, a designar-se EUMAM-MOZ.
A EUTM-MOZ, que como a atual EUMAM-MOZ foi liderada por Portugal, formou em dois anos mais de 1.700 militares comandos e fuzileiros moçambicanos, que passaram a constituir 11 companhias de Forças de Reação Rápida (QRF, na sigla em inglês) e já combatem o terrorismo em Cabo Delgado, bem como uma centena de formadores.
A missão em Moçambique foi ainda financiada, através do Mecanismo Europeu para a Paz, para aquisição de todo o tipo de equipamento não letal para estas companhias de forças especiais.
A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, rica em gás, é alvo de ataques extremistas há oito anos, com o primeiro ataque registado em 05 de outubro de 2017, no distrito de Mocímboa da Praia.
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