Macron "totalmente empenhado" na libertação de Laurent Vinatier

  • 26/12/2025

"O Presidente da República acompanha com a maior atenção a situação do nosso compatriota Laurent Vinatier, detido, condenado e retido arbitrariamente na Rússia", foi indicado à agência noticiosa francesa AFP.

 

"Ele continua totalmente empenhado em obter a sua libertação o mais rapidamente possível, com o apoio dos serviços estatais envolvidos", acrescentou o gabinete.

Moscovo anunciou no início do dia ter feito uma "proposta" a França relativamente ao cientista político, que enfrenta um processo por "espionagem" na Rússia.

Esta oferta de Moscovo, sem a divulgação de detalhes, surge num momento em que Paris e Moscovo, cujas relações estão no seu ponto mais baixo devido à guerra na Ucrânia, manifestaram publicamente o seu interesse num contacto direto entre os presidentes Vladimir Putin e Emmanuel Macron.

"Houve contactos apropriados entre a nossa parte e os franceses. Com efeito, uma proposta foi feita aos franceses a respeito de Vinatier", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, durante a sua conferência de imprensa diária, na qual participou a Agence France-Presse (AFP).

O porta-voz acrescentou que "a bola está agora do lado da França", escusando-se a dar mais detalhes sobre a proposta, por se tratar de "uma matéria muito sensível".

Contactado pela AFP, o advogado francês de Laurent Vinatier indicou que a família do investigador espera que este "possa ser libertado durante as festas" de fim de ano, até ao Natal ortodoxo, celebrado em 07 de janeiro.

Em 24 de fevereiro de 2025, um tribunal de recurso de Moscovo manteve uma sentença de três anos para Laurent Vinatier, por não se ter registado como "agente estrangeiro" quando recolhia "informações no domínio das atividades militares" que poderiam ser "utilizadas contra a segurança" da Rússia.

O cientista político especializado no espaço pós-soviético, de 48 anos, tinha sido contratado na Rússia pelo Centro para o Diálogo Humanitário, uma organização não-governamental (ONG) suíça que medeia conflitos fora dos canais diplomáticos oficiais, e está detido desde junho de 2024.

O francês trabalhava há anos no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, incluindo antes da invasão russa de 24 de fevereiro de 2022, e, até ser detido, tinha-se deslocado aos dois países.

Em tribunal, admitiu os factos, mas alegou ignorância e pediu desculpa, esperando obter clemência.

Há anos que a Rússia utiliza o estatuto de "agente estrangeiro" para reprimir os críticos, mas esta é a primeira vez que um estrangeiro é condenado sob esta acusação.

De acordo com a AFP, a investigação a Laurent Vinatier foi prolongada e o cientista político pode enfrentar um novo processo por espionagem, arriscando um agravamento da pena de três anos a que foi condenado.

Moscovo fez proposta a França sobre cientista francês preso na Rússia

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A Rússia apresentou uma proposta à França sobre o cientista político francês Laurent Vinatier, que cumpre três anos de prisão naquele país de Leste e enfrenta uma nova acusação de espionagem, garantiu hoje o porta-voz do Kremlin.

Lusa | 15:57 - 25/12/2025

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2909659/macron-totalmente-empenhado-na-libertacao-de-laurent-vinatier#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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