Macron "disponível" para dialogar com homólogo argelino sobre migrações
- 19/11/2025
"Quero que a França seja respeitada e que conduza um diálogo sério, calmo e exigente", "e portanto, se estas condições forem cumpridas e se puderem obter resultados, estou obviamente disponível para qualquer diálogo ao meu nível", afirmou Emmanuel Macron, em resposta a uma questão sobre um possível encontro na África do Sul.
"As nossas equipas diplomáticas" estão "a trabalhar nisso", acrescentou. Porque "o meu desejo é que possamos avançar para sermos simultaneamente mais eficazes nas grandes questões económicas, de segurança e migratórias, para trabalharmos juntos e a defendermos cada um o seu papel", adiantou Macron.
O começo de acalmia nas relações entre Paris e Argel parece estar a esboçar-se, desde a graça concedida na semana passada pelo presidente argelino ao escritor franco-argelino Boualem Sansal.
Este último, que se encontrava na Alemanha desde a sua libertação da prisão, chegou hoje a França e foi recebido pelo presidente Macron.
"Foi uma alegria poder receber" no Eliseu "o Senhor Boualem Sansal e a sua esposa. E eles estavam emocionados, felizes por voltar a França e encontravam-se em boa forma. E quero aqui transmitir-lhes todo o afeto da nação", disse o chefe de Estado.
Um tribunal da Argélia ratificou em julho a condenação a cinco anos de prisão contra Sansal, após o processo de recurso à sentença proferida contra ele no final de março por "atentado contra a unidade nacional" e "publicações contra a segurança e a estabilidade do país", entre outras acusações.
O caso aberto contra Sansal deriva da sua detenção no aeroporto de Argel, após a publicação de uma entrevista concedida a um meio francês de tendência de ultradireita, em que afirmou que Paris cedera território marroquino à Argélia durante a era colonial, palavras consideradas por Argel como uma afronta à sua soberania nacional.
Leia Também: Europa não pode ser "vassalo tecnológico" dos EUA e China, diz Macron














