Líder dos curdos sírios garante esforços para integrar minoria nas instituições
- 26/12/2025
"Todos os esforços estão a ser feitos para impedir o colapso do processo", garantiu Abdi numa mensagem de vídeo transmitida pelas Forças Democráticas Sírias (FDS), braço armado da administração autónoma curda no norte e nordeste da Síria.
Um acordo celebrado em março passado entre os curdos e as novas autoridades sírias prevê a integração das instituições curdas no poder central, em particular as suas forças militares, chamadas a integrar o exército sírio.
Este acordo deveria ser cumprido até ao final do ano, mas as negociações estão estagnadas.
O acordo "não estipulava um prazo", esclareceu Abdi, garantindo que "outras reuniões serão organizadas em breve com Damasco para continuar a discutir" a integração dos curdos e "a continuação da luta contra o terrorismo".
O líder reiterou os pedidos das FDS de descentralização, rejeitados pelo poder central liderado pelo ex-jihadista Ahmad al-Chareh, que derrubou o ex-presidente Bashar al-Assad em dezembro de 2024.
Em visita a Damasco esta semana, o chefe da diplomacia turca, Hakan Fidan, próximo das novas autoridades sírias, exortou os curdos a aplicarem o acordo e a não serem um "obstáculo à estabilidade do país".
Ancara (capital da Turquia), que considera a presença de combatentes curdos na sua fronteira como uma ameaça e já realizou três operações armadas na Síria entre 2016 e 2019, advertiu recentemente os curdos que os parceiros do acordo estavam a "perder a paciência".
Os curdos, uma importante minoria étnica, controlam vastas áreas do nordeste da Síria, ricas em petróleo e trigo.
Apoiadas pelos Estados Unidos, as FDS foram a ponta de lança da luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico, derrotado na Síria em 2019.
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