Líder do Hezbollah pede ao governo do Líbano adiamento do desarmamento
- 28/12/2025
"Hoje encontramo-nos numa encruzilhada histórica: ou damos aos Estados Unidos e a Israel o que eles querem (...) ou levantamo-nos nacionalmente, reivindicamos a nossa soberania e território e construímos o nosso Estado", disse, durante as comemorações do primeiro aniversário da morte de Abu Salim, um dos fundadores do Hezbollah.
Para o líder do Hezbollah, citado pela agência de notícias espanhola EFE, o desarmamento do grupo deve ser "adiado", por considerar que enquanto Israel continuar a "cometer agressões e os Estados Unidos a impor a sua vontade ao Líbano não estão a trabalhar em benefício do Líbano, mas sim de Israel".
Segundo Qasem, o desarmamento faz parte de um "projeto destinado a eliminar a capacidade militar do Líbano" e "criar conflitos entre o Exército libanês, a resistência e o povo, a fim de desestabilizar o país para o tornar extremamente fraco e dependente".
"Estamos a agir em legítima defesa", disse.
Qasem lembrou que o Líbano implementou "todas as cláusulas" do acordo de cessar-fogo que pôs fim à guerra entre Israel e o Hezbollah há pouco mais de um ano, e que o governo libanês "chegou a fazer concessões a Israel, que não deu nada em troca".
No início desta semana, o comandante do Exército libanês, general Rodolphe Heikal, afirmou em comunicado divulgado pela comunicação social que está "prestes a concluir a primeira fase do seu plano", que prevê o controlo militar exclusivo do armamento e o desarmamento do Hezbollah.
Leia Também: Soldado da ONU ferido após ataque israelita no sul do Líbano














