Líder da extrema-direita pede apoio e participação depois de votar em Haia

  • 29/10/2025

Afirmando que "há muito em jogo", o líder do Partido para a Liberdade (PVV), um dos favoritos a vencer as eleições, apelou ainda à participação dos eleitores.

 

"Espero um bom resultado. Para o meu partido, é importante que haja uma boa participação, que muitas pessoas compareçam nas urnas. Podemos ganhar as eleições com uma participação elevada e perdê-las com uma participação baixa", afirmou, após votar na Câmara Municipal de Haia, rodeado por dezenas de órgãos de comunicação social neerlandeses e internacionais.

O político, que lidera as sondagens ao lado da coligação GL-PvdA, do antigo vice-presidente da Comissão Europeia Frans Timmermans, formada pelos Verdes e social-democratas, e do partido liberal progressista D66, de Rob Jetten, insistiu que o seu objetivo é "mostrar que há muito em jogo" nestas eleições.

Por isso, Wilders pediu um voto para travar os partidos de esquerda, com os quais está empatado, segundo as últimas sondagens, divulgadas na terça-feira.

"Se não querem Timmermans ou Jetten, então façam o PVV o maior possível", reiterou, antes de abandonar o edifício da câmara municipal rodeado de um forte esquema de segurança, incluindo guarda-costas pessoais, dado que é o político mais ameaçado dos Países Baixos desde que lançou a sua campanha ideológica, há duas décadas, para proibir o Alcorão e limitar o asilo de refugiados.

Wilders, que votou num edifício público onde, por acaso, está patente uma exposição de fotografias de refugiados e vítimas da guerra, defendeu ainda que o controlo é dos eleitores.

"Quanto maiores formos, mais fácil será. Hoje é dia de votação, amanhã é dia de política. Depois veremos. Mas espero que o resultado seja bom", concluiu.

Cerca de 13,4 milhões de cidadãos neerlandeses vão hoje às urnas para eleger a composição do parlamento nacional, de onde sairá a futura coligação governamental, na terceira eleição realizada no país em menos de cinco anos.

Wilders, que foi o favorito durante grande parte da campanha, perdeu força nos últimos dias e antevê-se agora que conquiste entre 24 e 28 lugares, seguido de perto pelo GL-PvdA (Verdes, 22-26 assentos) e pelo D66 (com 21-25 lugares), que tem vindo a ganhar terreno graças à imagem positiva do seu líder, Rob Jetten.

Atrás destes estão o CDA, a União Democrata Cristã (que deverá conquistar 18-22 lugares), e o VVD (Liberdade e Democracia), de centro-esquerda (que deverá ter 15-19 lugares), partido que governou durante mais de uma década sob a liderança de Mark Rutte (atual secretário-geral da NATO), enquanto o eurocético JA21 ocupa a sexta posição (9-12 lugares).

O parlamento dos Países Baixos tem 150 lugares, atualmente divididos entre 15 partidos, número que as sondagens preveem que se mantenha após a votação de hoje, na qual participam 27 partidos.

De acordo com as sondagens, será necessária uma coligação de pelo menos quatro ou cinco partidos para alcançar os 76 lugares necessários para uma maioria absoluta.

A meio da manhã, a participação no escrutínio era de 12%, ligeiramente inferior à das eleições de 2023, quando 14% do eleitorado já tinha votado ao meio-dia.

As mesas de voto nos Países Baixos encerram às 21h00 locais (20h00 em Lisboa), altura em que serão divulgadas as primeiras projeções à boca das urnas.

Leia Também: Países Baixos regressam (novamente) às urnas em eleições antecipadas

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2878983/lider-da-extrema-direita-pede-apoio-e-participacao-depois-de-votar-em-haia#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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