Kyiv reivindica sucesso na defesa de Pokrovsk de ofensiva russa
- 11/11/2025
"Moscovo enviou cerca de 150 mil soldados --- dos cerca de 700 mil em território ucraniano --- na direção de Pokrovsk, com poderosos grupos mecanizados e quatro brigadas de fuzileiros navais empenhados no avanço", publicou Syrskyi nas redes sociais.
O objetivo da Rússia é cercar Pokrovsk e as cidades vizinhas pelo norte, sul e leste, estrangulando as linhas de abastecimento e expulsando os restantes civis, na sua mais recente manobra para capturar toda a região de Donetsk, adiantou.
Mas o comandante-chefe ucraniano rejeitou as alegações da TV estatal russa e de propagandistas nas redes sociais de que Pokrovsk caiu e que os ucranianos estão encurralados, afirmando que um contra-ataque ucraniano em setembro custou aos invasores "cerca de 13.000" baixas e permitiu às forças ucranianas recuperar mais de 427 quilómetros quadrados.
"Esta perceção --- de que o inimigo tem praticamente tudo e está prestes a acabar com tudo --- não é verdadeira", disse Syrskyi, citado pela agência ucraniana Ukrinform.
"A situação na linha da frente é realmente tensa, com o inimigo a realizar uma operação ofensiva estratégica", adiantou.
O Presidente Volodymyr Zelensky afirmou que as forças russas não obtiveram avanços significativos na frente de batalha, acrescentando que as Forças de Defesa da Ucrânia estão a manter com sucesso as suas posições na região de Pokrovsk, perto de Dobropillia, e ao longo de toda a linha de contacto.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
No plano diplomático, a Rússia rejeitou até agora qualquer cessar-fogo prolongado e exige, para pôr fim ao conflito, que a Ucrânia lhe ceda pelo menos quatro regiões - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia - além da península da Crimeia, anexada em 2014, e renuncie para sempre a aderir à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).
Estas condições são consideradas inaceitáveis pela Ucrânia, que, juntamente com os aliados europeus, exige um cessar-fogo incondicional de 30 dias antes de entabular negociações de paz com Moscovo.
Por seu lado, a Rússia considera que aceitar tal oferta permitiria às forças ucranianas, em dificuldades na frente de batalha, rearmar-se, graças aos abastecimentos militares ocidentais.
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