Houve mais dois heróis no ataque em Sydney. Mas estes não sobreviveram
- 16/12/2025
Duas das vítimas mortais do ataque na praia de Bondi, em Sydney, foram captadas em imagens registadas momentos antes de serem mortas. Nelas, pode ver-se a forma como tentaram travar um dos atacantes, mas sem sucesso.
Imagens agora partilhadas nas redes sociais, mostram um homem a aproximar de Sajid e a tentar tirar-lhe a arma das mãos. Ao mesmo tempo, uma mulher assiste à cena, no passeio.
"Muita gente não saberá que logo no início [do ataque], duas pessoas foram as primeiras a avistar um dos atiradores e de forma corajosa a tentar desarmá-lo", lê-se na legenda de um dos vídeos.
"Infelizmente, foram alvejados e mortos durante este processo", acrescenta-se, considerando-se que, também eles, foram heróis.
The world needs to know the names of the heroic victims BORIS GURMAN, 69, and his wife SOFIA GURMAN, 61 of blessed memory.
— Avraham Berkowitz (@GlobalRabbi) December 16, 2025
They bravely confronted the terrorist Sajid Akram, 50, and tried to prevent him from opening fire at the Sydney Chanukah celebration.
Viral footage… pic.twitter.com/QmcaqHF6vx
Numa outra publicação, outro homem afirma: "O mundo precisa saber o nome destes dois heróis".
Estes serão Boris Gurman, de 69 anos, e a sua mulher Sofia, de 61. "Enfrentaram de forma corajosa Sajid Akram e tentaram impedi-lo de abrir fogo contra a celebração de Chanukah, em Sydney", acrescenta-se.
O The Australian refere que se tratava de um casal judeu, de nacionalidade russa. Os dois constam na lista de 16 vítimas mortais do ataque, e que inclui também o atirador a quem fizeram frente.
Recorde-se que para além deste casal, um outro homem tem sido enaltecido pela sua coragem, ao ter atacado o suspeito mais novo, tendo conseguido retirar-lhe a arma e impedido que matasse ainda mais pessoas.
Ataque motivado por ideologia do Estado Islâmico
Dois homens armados com espingardas abriram fogo contra a multidão reunida num parque próximo à praia de Bondi, uma das mais movimentadas e turísticas do país, por volta das 18h40, hora local (07h40 em Lisboa), de domingo.
Catorze pessoas - incluindo um dos assaltantes - morreram no local do crime e outras duas, nomeadamente uma menina com 10 anos e um homem de 40, faleceram posteriormente no hospital.
Pelo menos 42 pessoas ficaram feridas, sete das quais continuam em estado crítico.
Anthony Albanese declarou que o ataque a uma multidão, que comemorava a festa judaica do Hanukkah numa praia de Sydney, parece ter sido "motivado pela ideologia" do grupo "Estado Islâmico".
As autoridades qualificaram o ataque de antissemita, mas até ontem tinham dado poucos detalhes sobre as motivações dos atacantes.
Esta terça-feira, Anthony Albanese forneceu uma das primeiras indicações de que os dois homens tinham-se radicalizado antes de cometer o "assassinato em massa".
"Parece que isto foi motivado pela ideologia do Estado Islâmico" (EI), afirmou o chefe do executivo.
O grupo terrorista EI controlou vastos territórios no Iraque e na Síria, antes de ser derrotado em 2019, mas ainda tem células adormecidas de combatentes no país.
Albanese declarou que Naveed Akram, de 24 anos, tinha sido sujeito a verificações dos serviços secretos australianos em 2019, sem aparentar representar na altura uma ameaça imediata.
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