Hamas e Jihad Islâmica condenam ataques no Líbano contra Hezbollah

  • 07/11/2025

Em comunicado, o Hamas, condena os ataques e declara "total solidariedade para com o Líbano, o seu Estado, o seu povo e a resistência", numa referência ao Hezbollah, que tal como o movimento palestiniano é apoiado militar e financeiramente pelo Irão.

 

O Hamas, cujo ataque contra Israel há dois anos desencadeou a invasão de Gaza por forças israelitas, apela ainda às Nações Unidas e aos países árabes para que "assumam as suas responsabilidades urgentes para travar a agressão e responsabilizar os líderes israelitas". 

"O inimigo não conseguirá quebrar a vontade da resistência nem impor o seu projeto expansionista face à firmeza dos povos da região", proclama o movimento, considerado terrorista por Israel e grande parte dos países ocidentais. 

Também envolvida nos ataques de outubro de 2023 contra Israel, a Jihad Islâmica enfatizou que os ataques violam o direito internacional e o acordo de cessar-fogo no Líbano, e "representam uma continuação da política sistemática de opressão que a ocupação (Israel) aplica" contra o país-vizinho. 

O Hezbollah integra o chamado eixo da resistência apoiado por Teerão e envolveu-se em hostilidades militares com Israel, logo após o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, em apoio do aliado palestiniano Hamas. 

Após quase um ano de troca de tiros ao longo da fronteira israelo-libanesa, Israel lançou uma forte campanha aérea no verão do ano passado, que decapitou a direção do movimento xiita, incluindo o seu líder histórico, Hassan Nasrallah, e vários outros responsáveis da hierarquia política e militar do Hezbollah. 

Desde o cessar-fogo, o Estado libanês tem procurado concentrar todo o armamento do país nas mãos das forças de segurança oficiais e deslocou efetivos para a zona da fronteira com Israel, tradicionalmente um reduto do Hezbollah e onde as tropas israelitas ainda mantêm posições militares. 

A FINUL termina o seu mandato em 2026, depois de quase cinco décadas no terreno. 

A Agência Nacional de Notícias Libanesa (ANN) relatou que aviões de combate israelitas atingiram hoje cinco localidades no sul do país, onde foram registados danos em edifícios. 

Segundo o Ministério da Saúde Pública do Líbano, uma pessoa ficou ferida em Tayr Debba, sem relatos de vítimas até ao momento nas outras áreas atingidas. 

Ao fim do dia, os militares israelitas reivindicaram ataques contra depósitos de armas e instalações da Força Radwan, unidade de elite do Hezbollah, que anteriormente tinha declarado o seu "direito legítimo" à defesa e oposição a negociações diretas entre Beirute e Telavive. 

Numa carta aberta à população e líderes libaneses hoje conhecida, o Hezbollah justifica a recusa do diálogo com a alegada tentativa de Israel de arrastar o Líbano para um acordo que "não serve o interesse nacional". 

Segundo uma fonte próxima da liderança política do Hezbollah, citada pela agência France-Presse (AFP), a carta aberta foi divulgada no seguimento de visitas recentes de enviados norte-americanos e egípcios, que instaram as autoridades de Beirute a iniciarem negociações diretas com Israel. 

No domingo, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusou o Hezbollah de procurar rearmar-se, e o seu ministro da Defesa, Israel Katz, criticou o Presidente libanês, Joseph Aoun, por protelar o desarmamento previsto do movimento xiita. 

Joseph Aoun reiterou dois dias mais tarde a sua oferta de negociações com Israel, ao mesmo tempo que lamentava falta de resposta e a continuação dos ataques no seu país. 

Os militares israelitas revelaram na quarta-feira que, no último mês, foram eliminados 20 alegados membros do Hezbollah, "cujas atividades violaram os acordos entre Israel e o Líbano". 

Leia Também: Israel recebe corpo de mais um refém entregue pelo Hamas em Gaza

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2884242/hamase-jihad-islamicacondenam-ataques-no-libano-contra-hezbollah#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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