Há novas informações sobre a morte de Meredith Kercher. Crime foi em 2007
- 01/11/2025
O Ministério Público de Perugia, em Itália, recebeu novas informações sobre o homicídio da estudante britânica Meredith Kercher. O caso aconteceu em 2007 e foi mediático tanto na Europa como nos Estados Unidos.
A notícia sobre as novas informações do caso foi confirmada por fontes do Ministério Público de Perugia à Sky News, que adiantaram que ainda não foi tomada uma decisão sobre a abertura formal de uma nova investigação.
A informação veio do ex-procurador de Perugia, Giuliano Mignini, que liderou a investigação original do homicídio da jovem de 21 anos na cidade universitária italiana.
De acordo com o jornal La Stampa, Mignini revelou o nome de um novo suspeito em potencial que teria fugido da Itália "alguns dias" após o crime.
"Há indícios de que essa pessoa pode estar implicada. É alguém que eu nunca considerei antes", confirmou Mignini, frisando que recebeu a informação através de uma fonte "confiável".
Morte de Meredith Kercher chocou a Europa e os Estados Unidos
Meredith Kercher era uma estudante britânica de 21 anos, natural de Southwark, em Londres, e foi assassinada a 1 de novembro de 2007 na cidade italiana de Perugia, onde se encontrava a estudar ao abrigo do programa Erasmus.
O corpo foi encontrado no quarto da casa que partilhava com outras jovens, com sinais de violência sexual e múltiplas facadas, num crime que chocou a Europa e os Estados Unidos.
Três pessoas foram acusadas pelo crime: Amanda Knox, estudante norte-americana e colega de casa de Meredith; Raffaele Sollecito, namorado italiano de Knox; e Rudy Guede, um jovem da Costa do Marfim residente em Perugia.
Rudy Guede foi condenado a 16 anos de prisão, em 2008, e cumpriu 13 anos. Admitiu que esteve na casa de Meredith no dia da morte, mas negou que cometeu o crime sozinho.
Norte-americana Amanda Knox e namorado foram acusados e absolvidos duas vezes
Já Amanda Knox e Raffaele Sollecito foram condenados e absolvidos duas vezes. O casal tornou-se suspeito devido, sobretudo, a contradições nos seus depoimentos e ao comportamento que exibiram após o crime.
Knox foi submetida a longas horas de interrogatório sem advogado e acabou por assinar uma declaração em que implicava um conhecido, Patrick Lumumba, dono do bar onde trabalhava ocasionalmente. Essa confissão foi posteriormente considerada inválida, e Lumumba foi libertado, enquanto Knox e Sollecito foram então acusados de homicídio, agressão sexual e encobrimento.
A norte-americana foi condenada em 2009 e absolvida dois anos depois. Em 2014 voltou a ser condenada e foi absolvida de forma definitiva em 2015 pelo Supremo Tribunal italiano, que apontou falhas graves na investigação e nas provas de ADN.
Em 2024, Amanda Knox regressou aos tribunais italianos num processo de difamação relacionado com declarações feitas durante os interrogatórios originais.
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