G7 considera necessário um cessar-fogo "imediato" na Ucrânia
- 13/11/2025
"Reafirmamos o nosso apoio inabalável à Ucrânia na defesa da sua integridade territorial e do seu direito a existir, assim como da sua liberdade, soberania e independência. Reiteramos a urgente necessidade de um cessar-fogo imediato", lê-se num comunicado conjunto.
Neste sentido, acordaram que "a atual linha de contacto deve ser o ponto de partida das negociações", embora tenham recordado o seu "compromisso com o princípio de que as fronteiras internacionais não devem ser alteradas pela força".
Os membros do G7 asseguraram que estão a pressionar economicamente a Rússia e anunciaram que estão "a explorar medidas contra os países ou entidades que contribuem para financiar os seus esforços bélicos".
Além de terem condenado a ajuda militar da Coreia do Norte e do Irão.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiga, tinha pedido hoje apoio aos homólogos do G7 para enfrentar a intensificação da ofensiva russa no seu país, antevendo um "inverno muito difícil e rigoroso".
Os chefes das diplomacias do grupo das sete democracias mais industrializadas do mundo reuniram-se hoje com Sybiga, no Canadá, incluindo o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, cujo país, liderado pelo Presidente Donald Trump, tem desenvolvido esforços para encontrar uma solução para o conflito iniciado em fevereiro de 2022.
"Precisamos do apoio dos nossos parceiros", apelou o ministro ucraniano, que pediu pressão sobre Moscovo "para aumentar o preço da agressão para a Rússia, para [o Presidente russo Vladimir] Putin, para pôr fim a esta guerra".
Em concreto, Andrii Sybiga referiu-se ao investimento dos países do G7 na produção de mísseis e drones, bem como na defesa aérea da Ucrânia.
O grupo do G7 é composto por França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, mais a União Europeia.
O Canadá, por seu lado, impôs hoje novas sanções contra Moscovo, visando sobretudo o setor energético russo.
As sanções canadianas têm como alvo 13 indivíduos e 11 entidades, várias das quais envolvidas no desenvolvimento e execução do programa de drones da Rússia, segundo um comunicado de Otava.
"Foram também sancionadas diversas entidades russas especializadas em gás natural liquefeito, dado que a Rússia continua a depender das receitas energéticas para financiar a sua guerra de agressão contra a Ucrânia", acrescentou o comunicado.
As sanções visam ainda 100 navios da chamada "frota fantasma" usada pela Rússia para contornar as penalizações já existentes.
Os Estados Unidos, a União Europeia e o Reino Unido já tinham aplicado sanções semelhantes.
"O Canadá continuará a intensificar a pressão através de sanções, em coordenação com os seus aliados e parceiros, até que a Rússia cesse a sua injustificada invasão da Ucrânia", declarou a ministra dos Negócios Estrangeiros canadiana, Anita Anand.
Nas últimas semanas, a Ucrânia tem enfrentado a intensificação dos ataques russos contra as suas infraestruturas energéticas e o assalto das forças russas à cidade estratégica de Pokrovsk, no leste do país, à medida que o inverno se aproxima e as negociações para o fim da guerra estão paradas.
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