França diz que não há "provas concretas" de ataque a residência de Putin
- 31/12/2025
O Palácio do Eliseu (presidência francesa) criticou ainda as versões contraditórias de Moscovo sobre o sucedido, noticiou a agência Efe.
Fontes próximas do presidente francês, Emmanuel Macron, reagiram hoje à polémica sobre o alegado ataque de domingo à noite contra uma residência na região de Novgorod, que, segundo o Kremlin, foi massivo e executado com drones.
As mesmas fontes francesas esclareceram que não tinham reagido antes porque necessitavam de realizar verificações.
Após estas verificações, criticaram as autoridades russas por "dizerem uma coisa e depois o contrário sobre o que realmente aconteceu", particularmente em relação ao número de veículos de ataque e às regiões atingidas.
Além disso, insistiram que "não existem provas concretas que corroborem as graves acusações feitas pelas autoridades russas", depois de terem consultado os aliados de Paris.
"Quando são feitas acusações graves como estas, os factos e a sua verificação são de importância primordial", sublinharam as fontes francesas.
Para o Palácio do Eliseu, o que é "muito real" e "está documentado" são as ofensivas russas na Ucrânia e "as baixas civis na Ucrânia".
A este respeito, salientaram que, desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro de 2022, 15.000 civis ucranianos morreram e que, durante 2025, a taxa de baixas civis devido aos bombardeamentos russos aumentou 25% em relação a 2024.
O círculo próximo de Macron enfatizou que, enquanto "a Ucrânia e os seus parceiros se comprometeram com um caminho de paz, a Rússia opta por continuar e intensificar a sua guerra contra a Ucrânia".
E, na sua visão, este é "um ato de desafio contra a agenda de paz do Presidente (norte-americano Donald) Trump".
O chefe de Estado norte-americano adiantou na segunda-feira, depois de se reunir com Zelensky na Florida para discutir o seu plano de paz, que Putin lhe tinha dito que uma das suas residências tinha sido atacada.
Trump acreditou nas alegações do Presidente russo e disse que não gostou do sucedido, que estava muito irritado e que "este não é o momento certo para fazer nada disto".
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.















