Força Aérea polaca interceta terceiro avião russo no Báltico numa semana
- 31/10/2025
O Comando Operacional das Forças Armadas Polacas disse que uma aeronave russa Ilyushin Il-20, que sobrevoava o mar Báltico, foi intercetada por dois caças pouco antes das 09:00 (08:00 em Lisboa).
As forças polacas relataram que o Il-20 russo não tinha um plano de voo conhecido e viajava com o dispositivo de identificação de aeronaves ('transponder') desligado, uma prática que representa uma potencial ameaça à segurança do tráfego aéreo civil.
O comando militar confirmou que "os pilotos polacos conseguiram intercetar, identificar e escoltar a aeronave estrangeira seguindo os procedimentos da NATO" e acrescentou que, embora não tenha sido violado o espaço aéreo da Polónia, "a repetição destes incidentes sublinha a tensão existente".
As autoridades polacas realçaram que "este é o terceiro incidente do género esta semana, confirmando o aumento da atividade de aeronaves russas na região do mar Báltico", após outras duas interceções, realizadas na terça e na quinta-feira, igualmente relacionadas com aparelhos Il-20.
Como medida preventiva de segurança e para garantir a liberdade de operações militares, os aeroportos de Radom e Lublin foram temporariamente encerrados na quinta-feira e a defesa aérea do país colocada em alerta máximo.
Estas medidas foram hoje levantadas.
Os militares polacos sublinharam ainda que vão responder "a qualquer provocação" juntamente com outros aliados da NATO, uma mensagem semelhante às que foram transmitidas nas últimas semanas por outros países da fronteira leste da Aliança Atlântica.
A UE e a NATO manifestaram preocupação com operações atribuídas à Rússia na Europa de Leste, através de drones e aeronaves militares que, em diversos casos, resultaram em violações dos espaços aéreos de Estados-membros.
No seguimento destes incidentes, o ministro da Defesa da Polónia, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, avisou os cidadãos de que "aqueles que empregam uma retórica antialemã e antiucraniana, incitando estes sentimentos, estão a agir contra os interesses do Estado polaco", aludindo ao apoio militar dos países ocidentais às autoridades de Kiev para enfrentar a invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022.
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