Fingia ser fisioterapeuta para atacar sexualmente as clientes. Foi detido
- 17/12/2025
A Guardia Civil deteve, esta terça-feira, na região de Isla Mayor, em Sevilha, um homem que se fazia passar por fisioterapeuta para agredir sexualmente as suas clientes.
O suspeito está acusado de vários delitos de agressão sexual, violação de intimidade e intrusão profissional.
Segundo detalha o 20 minutos, o suspeito tocava nas partes intimas das mulheres sem o seu consentimento durante os tratamentos, filmando todos esses momentos. A partir daí, usava as imagens para ameaçar as vítimas, obrigando-as a manter relações sexuais sob a ameaça de que se não o fizessem iria revelar as imagens aos seus familiares e conhecidos.
O detido não tinha nenhuma certificação profissional para exercer o cargo em causa, sendo que promovia e oferecia os seus serviços através de plataformas digitais como as redes sociais, onde se apresentava como massagista e fisioterapeuta profissional.
A Guardia Civil apurou que o homem terá difundido, pelo menos duas vezes, imagens das agressões sem o consentimento das pessoas afetadas. Tenta apurar se haverá mais afetadas.
Na busca realizada à residência do detido, foram apreendidos equipamentos informáticos e telemóveis, que estão agora a ser analisados pela autoridades.
Esta operação está a ser conduzida pela Delegacia da Guarda Civil de Villamanrique de la Condesa.
Falso terapeuta detido por cá também
Recorde-se que um caso semelhante aconteceu por cá. Um falso fisioterapeuta foi detido pela prática de crimes sexuais cometidos num "estabelecimento de saúde e bem-estar", em Oeiras, entre dezembro do ano passado e abril deste ano.
Neste caso, o homem, que "não é detentor de qualquer título legalmente válido para o exercício das atividades de Fisioterapia ou Osteopatia", recebeu a vítima para um tratamento às costas, em 2024. Numa dessas consultas, o homem "introduziu a sua mão no interior das calças de BB e iniciou movimentos de massagem nas suas virilhas". Depois, combinou realizar um tratamento numa piscina, com jatos de água nas costas, e consumou a violação. Já na zona da sauna onde havia chuveiros, forçou a vítima a ajoelhar-se para sexo oral. Estes abusos sexuais repetiram-se por, pelo menos, duas outras vezes.
O Tribunal da Relação de Lisboa revogou a medida de coação de prisão preventiva aplicada ao suspeito, dado que, na ótica dos três juízes desembargadores, a vontade da vítima não foi "cognoscível" para o homem, uma vez que "a ofendida [...] nunca verbalizou qualquer oposição".
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