Extremista belga condenado à revelia por genocídio contra minoria yazidi

  • 13/11/2025

Djedou, presumivelmente morto na Síria e já condenado por terrorismo em 2021, foi novamente julgado à revelia por crimes cometidos no Iraque e na Síria entre 2014 e 2016.

 

Em dezembro de 2016, o Pentágono anunciou a morte de Djedou durante um ataque aéreo em Raqqa, mas as autoridades belgas nunca confirmaram oficialmente o óbito e decidiram prosseguir o processo.

O tribunal considerou-o responsável por crimes contra a humanidade, incluindo rapto, espancamento, violação e escravização sexual de três mulheres yazidis, num contexto de "ataque sistemático e generalizado" contra esta comunidade, particularmente nas cidades de Raqqa e Mossul.

A investigação da unidade antiterrorista belga baseou-se em testemunhos recolhidos por organizações não-governamentais e jornalistas na Síria após a queda do último bastião do EI em Baghouz, em 2019, e permitiu identificar as três vítimas.

"Isto é histórico para a Bélgica", comentou a advogada Olivia Venet, representante de duas das vítimas.

A jurista destacou a "responsabilidade particular" da Bélgica, país europeu que, proporcionalmente, forneceu o maior número de combatentes estrangeiros ao EI.

Nascido em 1989, filho de mãe belga e pai costa-marfinense, Djedou converteu-se ao Islão aos 15 anos e juntou-se ao EI em 2012, tendo-se tornado posteriormente membro da célula de operações externas do grupo, encarregada de planear ataques na Europa.

A minoria yazidi, de língua curda e religião pré-islâmica, foi alvo de uma das campanhas mais brutais do EI a partir de 2014, no norte do Iraque.

De acordo com a ONU, milhares de mulheres e raparigas foram violadas e escravizadas, e centenas de homens executados.

Se estiver vivo, Sammy Djedou enfrenta agora pena de prisão perpétua, cuja confirmação será decidida na sexta-feira.

Outros países europeus já realizaram julgamentos semelhantes.

Em 2021, a Alemanha condenou um extremista iraquiano a prisão perpétua por deixar morrer de sede uma menina yazidi. A Suécia condenou, em fevereiro, uma mulher de origem iraquiana a 12 anos por escravidão, enquanto França prepara o primeiro julgamento sobre o genocídio yazidi para março de 2026.

Leia Também: Bélgica admite que tem sido "alvo de uma crescente ameaça híbrida"

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2888131/extremista-belga-condenado-a-revelia-por-genocidio-contra-minoria-yazidi#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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