EUA preparam-se para bombardear instalações militares na Venezuela
- 31/10/2025
Ambos os jornais citam fontes próximas do Governo do Presidente republicano, Donald Trump.
Segundo o diário de Miami, os ataques aéreos poderão ocorrer "numa questão de dias ou mesmo de horas", ao passo que o jornal nova-iorquino esclareceu que "o Presidente ainda não tomou uma decisão final relativa a ordenar bombardeamentos em terra".
A ofensiva norte-americana pretende pressionar o Presidente venezuelano a abandonar o poder, de acordo com os responsáveis citados pelas duas publicações, que também afirmam que o ataque tem por objetivo desmantelar o Cartel de Los Soles e as redes de tráfico de droga da Venezuela.
"Os potenciais alvos em consideração incluem portos e aeroportos controlados pelos militares, alegadamente utilizados para traficar drogas, incluindo instalações navais e pistas de aterragem, de acordo com um dos responsáveis", indicou The Wall Street Journal.
Por seu lado, o Miami Herald citou uma fonte afirmando que o tempo de Maduro "está a esgotar-se", uma vez que agora "há mais do que um general disposto a capturá-lo e entregá-lo", embora as fontes se tenham escusado a revelar se o líder venezuelano será um dos alvos dos bombardeamentos.
Na terça-feira, Donald Trump reiterou que vai impedir a entrada de drogas "por terra" nos Estados Unidos, após quase dois meses de bombardeamentos a 15 lanchas no mar das Caraíbas e no oceano Pacífico, que fizeram, desde 01 de setembro, 61 mortos e três sobreviventes.
"Finalmente, estamos a travar uma guerra contra os cartéis. Estamos a travar uma guerra como nunca viram antes, e vamos vencer esta batalha. Já estamos a ganhá-la no mar", declarou Trump, num discurso a tropas norte-americanas no Japão.
As informações sobre bombardeamentos terrestres surgiram no mesmo dia em que a ONU acusou o Governo norte-americano de "violar o direito internacional" com os seus ataques a embarcações no mar, afirmando que as pessoas a bordo foram vítimas de "execuções extrajudiciais".
"Estes ataques, e o seu crescente custo humano, são inaceitáveis. Os Estados Unidos devem pôr-lhes termo", exigiu o Alto-Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk.
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