EUA enviam mais um cruzador de mísseis para as Caraíbas
- 01/11/2025
O USS Gettysburg chegou às Caraíbas na quinta-feira, desde Norfolk, no Estado da Virgínia, juntando-se ao cruzador de mísseis guiados USS Lake Erie (CG-70), de acordo com o jornalista Dan Lamothe, do The Washington Post, informação também corroborada pelo 'media' especializado The War Zone, citando fontes da Marinha norte-americana.
Entretanto, o USS Fort Lauderdale, que se encontrava nas Caraíbas, regressou à Florida.
Além disso, o USS Gerald Ford, o mais moderno e importante porta-aviões da frota norte-americana, deverá chegar às Caraíbas dentro de alguns dias, juntando-se às outras forças navais já posicionadas na costa da Venezuela, noticiou a agência Efe.
Com este destacamento, os EUA terão oito navios de guerra na região --- seis contratorpedeiros, três navios de assalto anfíbio e um submarino --- totalizando treze militares navais, o maior contingente desde a primeira Guerra do Golfo (1990-1991), segundo um estudo do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês).
"Este é o maior destacamento naval na América Latina em pelo menos 25 anos, ou talvez até nos últimos 40", frisou Mark Cancian, coronel na reserva do Corpo de Fuzileiros Navais e especialista em defesa do CSIS.
Entretanto, os congressistas republicanos da Florida, que têm sido os mais acérrimos críticos de Maduro no Congresso, declararam hoje que "a Venezuela será livre".
"Maduro queria um Natal antecipado, mas o Halloween vem sempre primeiro", vincou a congressista María Elvira Salazar na rede social X.
O novo destacamento surge depois de o Miami Herald e o The Wall Street Journal terem noticiado que os Estados Unidos se preparam para bombardear instalações militares a qualquer momento dentro da Venezuela, numa escalada contra a administração de Nicolás Maduro, algo que Trump negou.
"Não, não é verdade", respondeu o presidente quando questionado sobre estas reportagens, baseadas em fontes próximas da sua administração, a bordo do Air Force One.
Mas na terça-feira, Trump reiterou que vai impedir a entrada de droga no país "por terra", após quase dois meses de bombardeamentos a 15 embarcações no Pacífico e nas Caraíbas, que fizeram 61 mortos e três sobreviventes desde 01 de setembro.
A ONU acusou hoje o Governo norte-americano de "violar o direito internacional" com os seus ataques a embarcações no mar, afirmando que as pessoas a bordo foram vítimas de "execuções extrajudiciais".
"Estes ataques, e o seu crescente custo humano, são inaceitáveis. Os Estados Unidos devem pôr-lhes termo", exigiu o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk.
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