EUA admite levantar algumas sanções comerciais contra a Bielorrússia
- 13/12/2025
O enviado especial dos EUA para a Bielorrússia, John Coale reuniu-se hoje e na sexta-feira com o líder autoritário do país, Alexander Lukashenko, para conversações na capital bielorrussa, Minsk.
Aliada próxima da Rússia, Minsk enfrenta há anos o isolamento e as sanções ocidentais. Lukashenko governa com mão de ferro há mais de três décadas este país de 9,5 milhões de habitantes, que tem sido repetidamente sancionado pelos países ocidentais, tanto pela repressão aos direitos humanos, como por permitir que Moscovo utilize o seu território na invasão da Ucrânia em 2022.
Em declarações aos jornalistas, Coale descreveu as reuniões destes dois dias como "muito produtivas", segundo noticiou hoje a agência de notícias estatal da Bielorrússia, Belta.
As reuniões centraram-se nas medidas para normalizar as relações entre Washington e Minsk, incluindo o levantamento das sanções e a libertação dos presos políticos na Bielorrússia, disse Coale.
O responsável afirmou ainda que a relação entre os dois países estava a passar de "passos pequenos para passos mais confiantes", à medida que se adensava o diálogo.
Os encontros também abordaram a Venezuela, bem como a invasão em curso da Ucrânia pela Rússia, segundo a Belta.
Coale disse aos jornalistas que Lukashenko tinha dado "bons conselhos" sobre como lidar com o conflito, afirmando que Lukashenko e o Presidente russo, Vladimir Putin, eram "amigos de longa data" com "o nível de relacionamento necessário para discutir tais questões".
"Naturalmente, o presidente Putin pode aceitar alguns conselhos e outros não", acrescentou Coale.
Leia Também: Lukashenko apela a diálogo após Lituânia declarar emergência por balões














