Estados Unidos atacam porto na Venezuela
- 30/12/2025
O diário avançou na segunda-feira que o ataque da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês) teve como alvo um cais que as autoridades norte-americanas acreditam ser utilizado pela organização criminosa transnacional Tren de Aragua para armazenar narcóticos e prepará-los para o transporte marítimo.
As fontes, que pediram para não ser identificadas, indicaram ao jornal que não havia ninguém no local no momento do impacto e que não houve vítimas mortais.
O Presidente dos Estados Unidos Donald Trump confirmou, também na segunda-feira, que os Estados Unidos uma zona de atracagem para barcos alegadamente envolvidos no tráfico de droga na Venezuela.
"Houve uma grande explosão na zona do cais onde as drogas são transportadas para os navios", disse o republicano aos jornalistas no seu empreendimento privado na Florida, Mar-a-Lago.
"Portanto, atingimos todos os barcos e agora estamos a atingir a zona, (...) e já não está lá", indicou, sem especificar o local do ataque ou quem conduziu a operação. "Foi na costa", acrescentou.
O Governo venezuelano não comentou diretamente a operação, embora o ministro do Interior, Diosdado Cabello, tenha denunciado uma série de ações que envolvem "assédio, ameaças e ataques".
Segundo o New York Times, a operação marca uma intensificação da campanha de pressão contra o Governo de Nicolás Maduro, que até então se limitava a ações em águas internacionais contra embarcações suspeitas de tráfico de droga.
O Pentágono destacou drones MQ-9 Reaper na região como parte desta estratégia, acrescentou o jornal.
Há várias semanas que Trump tem vindo a alertar que Washington começaria a atacar alvos em terra, no âmbito da campanha que já envolveu a destruição de cerca de 30 embarcações alegadamente carregadas de droga e a morte de mais de cem ocupantes.
O Presidente anunciou, em meados de outubro, que também tinha autorizado operações clandestinas da CIA contra a Venezuela.
Desde meados do ano que os EUA mantêm um grande contingente aéreo e naval nas Caraíbas, junto às águas venezuelanas, que, segundo eles, visa combater o tráfico de droga.
No entanto, Caracas interpreta o destacamento como uma ameaça e uma tentativa de mudança de regime.
As tensões aumentaram depois de Trump ter anunciado um bloqueio aos petroleiros sancionados que viajam de e para o país sul-americano, e após a apreensão de dois navios que transportavam crude venezuelano nas últimas semanas.
[Notícia atualizada às 06h36]
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