Enviado dos EUA refere avanço de 2.ª fase de plano de paz para Gaza
- 20/12/2025
Steve Witkoff referiu no seu perfil na rede social X (antigo Twitter) que a reunião, realizada em Miami, analisou a implementação da primeira fase do cessar-fogo, que "apresentou avanços", como a expansão da ajuda humanitária e o repatriamento dos corpos dos reféns.
Nas discussões sobre a segunda fase, os países sublinharam, entre outros pontos, a necessidade de estabelecer um organismo governamental na Faixa de Gaza, "sob uma autoridade unificada" para proteger os civis e manter a ordem pública, observou Witkoff, citado pela agência espanhola Efe.
Os países mediadores analisaram medidas de integração regional, como a facilitação do comércio, o desenvolvimento de infraestruturas e a cooperação em matéria de energia, água e outros recursos partilhados, elementos considerados "essenciais para a recuperação de Gaza, a estabilidade regional e a prosperidade a longo prazo".
A reunião contou com a presença do primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, do ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia e do ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito.
We, the representatives of the United States of America, the Arab Republic of Egypt, the State of Qatar, and the Republic of Türkiye, met yesterday in Miami to review the implementation of the first phase of the Gaza ceasefire and to advance preparations for the second phase.…
— Special Envoy Steve Witkoff (@SEPeaceMissions) December 20, 2025
Os países manifestaram também o seu apoio ao estabelecimento do Conselho de Paz como uma administração de transição para as áreas civil, de segurança e de reconstrução de Gaza.
Ainda segundo Witkoff, os participantes no encontro reafirmaram o seu "total compromisso" com o plano de paz do Presidente norte-americano, Donald Trump, e instaram as partes em conflito a cumprirem as suas obrigações.
O responsável adiantou também que serão realizadas novas consultas nas próximas semanas para avançar com a implementação da segunda fase.
Embora o cessar-fogo em Gaza tenha entrado em vigor em 10 de outubro, os ataques israelitas não cessaram completamente e os 'drones' continuam a sobrevoar a Faixa de Gaza, à medida que as tropas disparam contra aqueles que consideram estar a aproximar-se demasiado.
O Ministério da Saúde de Gaza contabilizou mais de 400 palestinianos mortos desde o início da trégua.
A primeira etapa do acordo, conseguida com a mediação dos EUA e de outros países, incluiu a cessação das hostilidades, a libertação de todos os reféns pelo movimento islamista Hamas e dos prisioneiros palestinianos por parte de Israel, e a entrada de ajuda humanitária.
Entretanto, a segunda fase do acordo prevê a retirada total das tropas israelitas, o desarmamento das milícias palestinianas, a reconstrução de Gaza e a criação de um governo de transição.
Um dos principais obstáculos que Israel está a levantar é o facto de ainda não ter recebido o corpo do último refém israelita, enquanto o Hamas tem denunciado constantes violações do cessar-fogo na Faixa de Gaza por parte dos israelitas.
O Hamas fez cerca de 1.200 mortos e tomou 251 reféns nos ataques terroristas de outubro de 2023 e a ofensiva militar de retaliação de Israel sobre a Faixa de Gaza provocou mais de 70 mil vítimas mortais, na sua maioria civis, crianças e mulheres.
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