Empresário vende negócio e dá bónus de 240 milhões aos funcionários

  • 27/12/2025

Graham Walker, antigo diretor-executivo de uma empresa familiar do setor da tecnologia do Lousiana, nos Estados Unidos, decidiu vender o negócio, mas fez questão de se assegurar que os funcionários ficavam protegidos. Para tal, decidiu distribuir um bónus de 240 milhões de dólares (cerca de 204 milhões de euros). 

 

Segundo o The Wall Street Journal, Graham Walker, de 46 anos, antigo CEO da Fibrebond, distribuiu o bónus após vender a empresa à Eaton, uma empresa de gestão inteligente de energia com sede em Dublin, na Irlanda, por 1,7 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros).

O bónus milionário será distribuído pelos 540 funcionários a tempo inteiro da Fibrebond, dando uma média de 443 mil dólares por trabalhador. O valor, explicou o jornal, será pago ao longo de cinco anos e os funcionários mais antigos receberão prémios mais elevados. 

Em entrevista ao The Wall Street Journal, Walker afirmou que se recusou a concordar com a venda a não ser que a Eaton destinasse 15% do valor angariado aos funcionários, mesmo que nenhum deles detivesse ações da empresa. 

O primeiro pagamento aos funcionários foi feito em julho e, segundo Walker, "alguns gastaram tudo no primeiro dia, talvez até na primeira noite". "No final do dia, a decisão é deles, boa ou má", contou.

Quando os bónus foram anunciados, a incredulidade tomou conta dos funcionários. Alguns pensaram que era uma brincadeira, outros choraram,

"Foi surreal, como dizer às pessoas que ganharam a lotaria. Foi um choque absoluto", disse Hector Moreno, executivo da Fibrebond.

Uma das funcionárias a receber o prémio foi Lesia Key, que começou a trabalhar na Fibrebond em 1995 com um salário de 5,35 dólares por hora. Tinha três filhos pequenos e vivia com graves dificuldades financeiras, acumulando dívidas e trabalhos extra. Com o tempo, acabou por subir a um cargo de gestora de fábrica. 

"Antes, vivíamos de salário em salário", disse Key ao The Wall Street Journal. "Agora posso viver, estou grata".

Já uma funcionária de longa data, Hong Blackwell, estava preocupada com o facto de ter de trabalhar mais cinco anos para poder receber o prémio, até descobrir que a regra não se aplicava à sua faixa etária. "Eu disse ‘Graças a Deus! Comecei a chorar e a saltar", disse. 

A Eaton afirmou, em comunicado, que a "aquisição da Fibrebond, uma empresa inovadora e focada no cliente, é uma jogada transformadora que posiciona a Eaton como uma solução completa para a rápida implantação de infraestruturas energéticas onde estas são necessárias". 

A Fibrebond foi fundada pelo pai de Graham, Claud Walker, em 1982, e é descrita como "líder em comunicações sem fios", de acordo com o site da empresa.

Ao longo das duas décadas de existência, a empresa passou por várias dificuldades, incluindo um incêndio devastador em 1998. Ainda assim, durante os meses necessários para reiniciar o negócio, a família Walker continuou a pagar os salários dos seus funcionários.

Já no início do século XXI, com o sucesso da internet, a Fibrebond viu o seu número de clientes cair para três e a sua força de trabalho diminuir de 900 para 320 colaboradores.

Segundo o Wall Street Journal, a reviravolta da empresa ocorreu em 2020, quando investiu 150 milhões de dólares (cerca de 127 milhões de euros) na construção de infraestruturas para data centers. O investimento revelou-se bem-sucedido, especialmente durante o boom no crescimento dos centros de dados de Inteligência Artificial, com a Fibrebond a registar um aumento de cerca de 400% nas vendas nos últimos cinco anos.

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FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2910101/empresario-vende-negocio-e-da-bonus-de-240-milhoes-aos-funcionarios#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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