Dinamarca quer proibir uso de burca e niqab nas escolas e universidades
- 18/12/2025
"A burca, o niqab [cobre a totalidade do corpo da mulher só ficando de fora os olhos] ou outras roupas que cubram o rosto das pessoas não têm lugar numa sala de aula dinamarquesa. Já existe uma proibição de cobrir o rosto em espaços públicos, e esta deve, naturalmente, aplicar-se também às instituições de ensino", afirmou o ministro da Imigração e Integração, Rasmus Stoklund, citado num comunicado.
A Dinamarca tem seguido há vários anos uma linha dura em matéria de imigração e integração.
Em agosto de 2018, entrou em vigor no país uma lei que proíbe cobrir o rosto em espaços públicos. Assim, qualquer pessoa que use uma peça de roupa que lhe cubra o rosto arrisca-se a ser multada.
Esta lei é criticada pelos opositores a estas medidas pelo seu caráter discriminatório relativamente a um grupo religioso, assim como pelo impacto que isso tem na liberdade de culto e na livre escolha das mulheres.
"Com este projeto de lei, enviamos um sinal muito claro, especialmente às raparigas e mulheres de contextos imigrantes, para lhes dizer que as apoiamos na sua luta contra a cultura de honra e as normas rígidas", sublinhou o ministro.
O porta-voz do partido liberal, que faz parte do governo de coligação, Hans Andersen, também considerou "contrário aos valores dinamarqueses que raparigas e mulheres estejam completamente cobertas em salas de aula, onde o professor não pode ver o rosto de quem ensina".
O projeto de lei deverá ser apresentado em fevereiro de 2026.
Noutros lugares da Europa, a Áustria baniu, a 11 de dezembro, o véu islâmico para as raparigas com menos de 14 anos. A lei foi aprovada por larga maioria, com exceção dos ecologistas que a consideravam inconstitucional.
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