Deputado republicano pede que ex-médico de Biden fique sem "licença"
- 28/10/2025
O deputado do partido republicano James Comer está a pedir ao Conselho de Medicina de Washington D.C. que investigue o médico pessoal de Joe Biden, Kevin O'Connor, por acreditar que o profissional encobriu o alegado declínio da saúde do antigo presidente e pediu para que ficasse sem licença médica.
O Comité de Supervisão e Reforma Governamental enviou uma carta ao Conselho Médico do Distrito de Columbia, na terça-feira, depois de uma investigação de quatro meses onde foram procuradas entrevistadas com, pelo menos, 14 conselheiros e assessores de Biden, incluindo Kevin O'Conor - que usou a Quinta Emenda para evitar responder às perguntas.
"O Comité descobriu que os assessores de Biden coordenaram o encobrimento das faculdades decrescentes do presidente", referiu James Comer na carta dirigida à presidente do Conselho Médico, Andrea Anderson, citado pela New York Post.
Na missiva, o Comité instou o Conselho de Medicina do Distrito de Columbia "a investigar e avaliar se o Dr. Kevin O'Connor, durante o seu período como médico do presidente Biden, foi negligente no seu dever como profissional de saúde, incluindo, mas não se limitando, a emitir relatórios médicos enganosos, deturpar tratamentos", entre outros.
"Com base na natureza e na extensão das ações do dr. O'Connor, o Comité recomenda que o Conselho de Medicina imponha disciplina, sanções ou a revogação da sua licença médica". lê-se.
Kevin O'Connor enquanto chefe da unidade médica da Casa Branca supervisionava os exames físicos anuais de Joe Biden. No entanto, nunca falou com a imprensa acerca dos resultados, dizendo apenas, durante uma entrevista em julho de 2024, que a saúde mental do ex-presidente era "excelente".
Essa declaração, note-se, foi feita quatro dias depois de Joe Biden ter desistido das eleições presidenciais norte-americanas após o debate com Donald Trump, no dia 27 de junho de 2024.
Democratas estavam chocados com declínio, revela livro
Recorde-se que doadores, membros do governo, políticos democratas e assessores ficaram chocados com o declínio físico e mental do ex-presidente Joe Biden nos últimos dois anos na Casa Branca, mas continuaram a apoiar publicamente a sua reeleição, revela um livro.
Em 'Pecado Original', um livro lançado em maio pelos jornalistas norte-americanos Jake Tapper e Alex Thompson depois de entrevistarem aproximadamente 200 pessoas, incluindo fontes de alto escalão, é mostrado aos leitores como o enfraquecimento das capacidades físicas e cognitivas de Biden estava à vista da maioria dos democratas com quem se cruzava, mas, mesmo assim, mantiveram-se em silêncio quando o ex-presidente anunciou que tentaria a reeleição, em abril de 2023.
Quase todas as entrevistas para este livro foram realizadas após as presidenciais de novembro, das quais Donald Trump saiu vencedor após derrotar a agora ex-vice-presidente Kamala Harris, que só entrou na corrida eleitoral quando faltava pouco mais de três meses para o sufrágio -- e depois de uma forte pressão do Partido Democrata para que Biden desistisse da corrida.
Biden? "Penso se deveria ter pedido que não concorresse às eleições"
Recentemente, numa entrevista à BBC, a ex-candidata presidencial Kamala Harris afirmou estar 'preocupada' por não ter falado com Joe Biden e lhe ter pedido para que desistisse da corrida à Casa Branca nas eleições de 2024. Disse ainda nunca ter falado com o ex-presidente acerca da sua saúde por saber que poderia correr o risco de ser acusada de promover os seus interesses.
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